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Demolição de barracas de praia na Barra de São Miguel em 2020 tem impacto ambiental avaliado

Reunião entre Prefeitura, Ibama e MPF discute ações para restauração do meio ambiente nas áreas afetadas

Por Ascom MPF/AL 26/05/2023 19h38
Demolição de barracas de praia na Barra de São Miguel em 2020 tem impacto ambiental avaliado
Alicerces das estruturas das barracas demolidas, assim como os entulhos, não foram retirados, o que impede a recuperação ambiental - Foto: Ascom MPF/AL

Com o objetivo de avaliar as medidas necessárias à recomposição ambiental das áreas onde estavam situadas as barracas de praia demolidas, o Ministério Público Federal (MPF), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), realizou uma vistoria conjunta na praia da Barra de São Miguel, em Alagoas.

Após a demolição das barracas, ocorrida em 2020, tornou-se essencial verificar o estado atual dessas áreas para garantir a recuperação da vegetação de restinga, controle da erosão e manejo adequado dos recursos hídricos. A ação conjunta entre o Ibama e o MPF visa assegurar a proteção ambiental e o cumprimento das legislações pertinentes.

Constatou-se que os alicerces das estruturas das barracas demolidas, assim como os entulhos, não foram retirados, o que impede a recuperação ambiental por meio da regeneração natural da vegetação.

Na sequência da vistoria, foi realizada uma reunião com representantes da Secretaria do Verde – Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos da Barra de São Miguel, além da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Secretaria de Governo e da Procuradoria Municipal. O objetivo desse encontro foi discutir as medidas necessárias à recomposição ambiental das áreas onde as barracas de praia estavam situadas, ou compensação pelos danos irreparáveis.

(Foto: Ascom MPF/AL)


Na reunião, o Ibama recomendou que as estruturas fossem retiradas, sendo preservado o acesso à praia por pedestres, a acessibilidade, mas com intervenções mínimas para garantir a recuperação da restinga.

Além da retirada de entulhos e reparação ambiental, foram discutidas medidas de compensação em relação aos danos já consolidados, como os decorrentes da orla pública do município.

A prefeitura comprometeu-se a apresentar um projeto para cada uma das áreas afetadas pelos entulhos das demolições de barracas, bem como indicar áreas de intervenções para compor um plano de compensação a ser formalizado num futuro Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Tudo no prazo de 60 dias.

A procuradora da República Juliana Câmara, do núcleo de Meio Ambiente do MPF em Alagoas, foi a representante do órgão nessa atuação conjunta. Ela destacou a importância desse trabalho para garantir a preservação do ecossistema local.

(Foto: Ascom MPF/AL)


Nossa atuação visa não apenas a recomposição ambiental dessas áreas, mas também a compensação pelos danos já causados e que não têm como ser reparados. Além da conscientização da população sobre a importância de preservar nossas praias e ecossistemas costeiros. É fundamental que todos os envolvidos trabalhem em conjunto para evitar danos futuros ao meio ambiente", afirmou Juliana Câmara.

A parceria entre os órgãos envolvidos reforça o compromisso com a proteção ambiental e a busca por soluções sustentáveis.

O MPF e o Ibama continuarão monitorando de perto a execução das medidas acordadas, com o objetivo de assegurar a recomposição e/ou compensação ambiental pelas áreas afetadas e a preservação dos recursos naturais. A atuação conjunta das instituições é fundamental para o desenvolvimento sustentável e a conservação dos ecossistemas alagoanos.