Cidades
Moradores da Cambona bloqueiam avenida em protesto contra a Braskem; MPF emite nota
Manifestantes cobram pagamento de indenizações devido ao realocamento de pessoas afetadas pelo afundamento do solo

Moradores da Cambona realizaram na tarde desta quinta-feira (4), em Maceió, um protesto na Avenida Governador Afrânio Lages para cobrar da Braskem o pagamento de indenizações devido à realocação de pessoas afetadas pelo afundamento do solo.
Segundo os agentes do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), os manifestantes bloquearam a via deixando o trânsito parado na região.
Para o protesto, os moradores utilizaram pneus e galhos de árvores impedindo a passagem de veículos. Eles ainda atearam fogo nos materiais.
Sobre o protesto, o Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL) emitiu nota pública. Confira abaixo na íntegra:
"Nota pública
MPF não possui atualização de mapa
Mapas técnicos são elaborados pela Defesa Civil, cabendo ao poder público municipal sua eventual divulgação
Considerando que, nesta quinta-feira (4), moradores do bairro do Bom Parto fecharam vias em Maceió, e justificaram suas ações “para reivindicar que o Ministério Público Federal pressione a Defesa Civil por um novo mapa”, o MPF vem a público prestar alguns esclarecimentos:
Desde o primeiro momento, os moradores do Bom Parto e a situação do bairro têm sido acompanhados pelo grupo de trabalho do MPF, em conjunto com DPU e MP/AL, razão por que inúmeras reuniões com moradores foram realizadas e ofícios e recomendações foram expedidas para autoridades públicas e para a Braskem com o objetivo de adoção de providências efetivas para a comunidade;
O “Mapa de Risco”, que aponta a área afetada diretamente pelo afundamento do solo causado pela exploração de sal-gema pela Braskem, é um documento técnico, elaborado por técnicos da Defesa Civil, com apoio da Defesa Civil Nacional e da CPRM;
Em recente reunião, técnicos da Defesa Civil Municipal e do Comitê Técnico de Acompanhamento das áreas adjacentes informaram que visitas e inspeções seriam realizadas nos próximos dias para avaliação de dados em conjunto com os resultados obtidos no âmbito do monitoramento da área por modernos equipamentos instalados em cumprimento do Termo de Acordo Socioambiental, cuja análise cabe a estes mesmos técnicos;
Até o momento, a Defesa Civil Municipal não divulgou nenhuma atualização de mapa, sendo o mais recente de dezembro de 2020, chamado “Versão 4”;
O MPF, assim como toda população alagoana, só tem conhecimento de mapas após sua divulgação oficial pelo órgão técnico competente, assim como ocorreu nas quatro vezes em que um mapa oficial foi apresentado pela Defesa Civil;
Destaque-se: O MPF NÃO TEM CONHECIMENTO DE NOVO MAPA DE RISCO.
Por fim, o MPF reitera sua dedicação ao Caso Braskem e a todos os atingidos, e ressalta sua atuação responsável, pautada em muita escuta das comunidades, laudos técnicos, estudos e pesquisa, em busca de soluções e alternativas que tragam resposta e alento às vítimas.
Durante os últimos anos, a comunidade do Bom Parto, assim como lideranças de diversas outras comunidades, foi prontamente atendida pelo MPF, seja em reuniões presenciais ou virtuais, seja em visitas à própria localidade, jamais sendo necessário qualquer ato de fechamento de vias ou outros protestos.
Em tempo, o MPF agradece à atuação diligente da equipe de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar do Estado de Alagoas, na pessoa da tenente Jaqueline."
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