As empresas que atuam no transporte público de Maceió têm planos para continuar realizando investimentos, a exemplo de novos ônibus e novas tecnologias para o setor, pois acreditam que aperfeiçoar o serviço é o melhor caminho. Mas, ao mesmo tempo, estão enfrentando aumento constantes nos gastos para manter o sistema em operação.

Um dos principais “vilões” do setor segue sendo o diesel utilizado no abastecimento dos ônibus. Somente no último ano, o aumento no insumo foi de 18%, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em janeiro de 2022, o litro custava R$ 5,68, enquanto em janeiro deste ano o valor já chega a R$ 6,72.

Além do combustível, as peças utilizadas nos veículos também sofreram reajustes. Em janeiro de 2022, as baterias eram compradas a R$ 889,81, passando a R$ 1.047,31 em janeiro deste ano, um aumento de 17,7%. Já os pneus, que custavam R$ 2.422,88 no primeiro mês de 2022, são encontrados ao preço de R$ 2.776,80 em janeiro de 2023, o que representa um reajuste de 14,60%. Outro exemplo apontado é o tambor de freio, que teve um aumento ainda maior: 22,34%. A peça passou de R$ 528 em janeiro de 2022 a R$ 646 em janeiro de 2023.

O aumento na folha também foi outro aspecto que pesou nos custos mensais das empresas que atuam no setor. Entre março e agosto de 2022, houve um reajuste salarial de mais de 15% para os funcionários, e em janeiro de 2023, um reajuste de 16% no plano de saúde dos rodoviários. Vale ressaltar que todos os aumentos foram bem acima da inflação.

Investimentos do setor

As melhorias feitas pelas empresas no transporte público podem ser facilmente percebidas por quem utiliza o serviço. O exemplo mais recente é a aquisição de 17 novos ônibus com ar-condicionado, portas USB e emissão reduzida de gases poluentes, que proporcionam mais conforto aos passageiros. A bilhetagem eletrônica plena do sistema Vamu Mobilidade, com pagamento por aproximação via QR Code e NFC, também é outro destaque, à frente de várias capitais do Nordeste e do Brasil.

A descentralização da rede de atendimento, com oito postos de atendimento próprios espalhados pela cidade, além de mais de 240 pontos de venda parceiros e cinco aplicativos de recarga (Vamu, RecargaPay, Cittamobi, PIU e Rede Ponto Certo), proporciona mais conforto e praticidade. Já no aspecto da segurança, o grande marco foi obtido com a redução a zero no número de assaltos dentro dos coletivos, decorrente da retirada de circulação do dinheiro em espécie nos ônibus.