Cidades
Alagoas registra mais de 9 mil acidentes com escorpiões
Dados do Sinan de janeiro a outubro deste ano representam redução de 3,23% em relação ao mesmo período em 2021

Alagoas registrou 9.242 casos de acidentes envolvendo picadas de escorpião entre os meses de janeiro e outubro deste ano, segundo dados colhidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS). No mesmo período do ano passado, foram 9.551 casos. Uma redução de 3,23%.
Apesar da redução, é importante manter os cuidados e a prevenção contra a proliferação desses animais peçonhentos. De acordo com a médica infectologista Luciana Pacheco, a limpeza é fundamental.
“Os escorpiões gostam de locais onde possam se esconder como, por exemplo, entulhos, restos de madeira, pedras, tijolos. São locais onde eles encontram frestas para se protegerem e ali fazem até ninhos. Então, evitar deixar entulhos, restos de folhas e madeiras”, afirmou.
Em Alagoas, a principal espécie é o escorpião-amarelo. De acordo com Pacheco, ele não é um escorpião tão venenoso, mas é necessário ter cuidado. “Dependendo da quantidade de veneno que inocula, existe maior e menor dor – que é o sintoma mais importante que acontece quando uma pessoa é picada por um escorpião – e isso varia de acordo com a idade do paciente”, explicou.
Ainda de acordo com a infectologista, as crianças e os idosos são mais suscetíveis a desenvolver casos graves. “Quando é criança, a quantidade de veneno inoculado pode ser suficiente para causar complicações. Em idosos também, que já têm maior fragilidade no sistema imunológico. Então, é preciso ficar de olho nos extremos de idades, porque é indicado que sejam levados até uma unidade de saúde o mais rápido possível”, disse Pacheco.
A infectologista ressalta que o número de acidentes ainda é elevado e, apesar de mais frequentes em períodos chuvosos, podem ocorrer durante todo o ano. “De modo geral, não tem um período que aconteça mais ou menos acidentes desse tipo. No inverno, os escorpiões costumam sair dos locais onde ficam protegidos por conta da chuva, mas isso depende muito das condições do local. Temos um número grande de acidentes por ano”, afirmou.
A professora Mariana Silveira está entre as vítimas de acidentes envolvendo picadas de escorpião. Logo após o acidente, foi ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde tomou o soro antiescorpionídeo. “Era uma cama de madeira, fui puxar para varrer embaixo e acabei segurando o escorpião. Ele picou no meio dos meus dedos e fui logo para o HGE tomar o soro para combater o veneno”, disse Silveira.
Durante todo o ano de 2021, foram registrados 11.368 casos de acidentes envolvendo picadas de escorpião.
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