Cidades
Moradores da Serraria denunciam retirada de árvores nativas de horto florestal, mas prefeitura nega
Seminfra diz que equipe trabalha na limpeza de recuperação de duas quadras esportivas abandonadas por 30 anos

Moradores do Conjunto José Tenório Lins, no bairro da Serraria, em Maceió, afirmam que há dois dias o horto florestal – uma área de proteção ambiental protegida e cartão postal estão sendo devastado. De acordo com a denúncia, um veículo descaracterizado e uma equipe de homens vestidos em uma espécie de farda laranja estão arrancando árvores nativas com idade entre 20 e 30 anos.
Uma moradora que não se identificou enviou fotos e disse que o carro entra pela USB-Serraria, e seus ocupantes começou a derrubar as árvores nativas com motosserra e em seguida, transporta para a carroceria do veículo. “O Batalhão Ambiental foi acionado, mas não se fez presente’’. Ainda segundo informações dos moradores, os responsáveis pela ‘extração ilegal’ de madeira se identificaram como sendo contratados pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) e o trabalho seria para uma obra da prefeitura de ampliação da quadra de esportes.
"Alguns síndicos dos blocos próximos estão preocupados com o avanço do desmatamento, entraram em contato com a referida secretaria que informou desconhecer o serviço e enviou um agente fiscalizador ao local que se inteirou do crime ambiental. Eles ficaram de tomar as medidas cabíveis agora ontem (quinta-feira, 17)'', disse a denunciante lamentando que ''os animais que vivem no local ficaram no prejuízo que levará alguns anos para que novas árvores nativas possam se desenvolver no entorno e servir de abrigo e proteção. Essa área verde é o nosso maior patrimônio, pois abriga uma infinidade de espécies como: tatus, raposas, teus, além de uma infinidade de árvores nativas''.

A denunciante disse que só perceberam o que estava acontecendo porque as casas e apartamentos da região amanheceram com cinzas de queimadas. ''Como se não bastasse a apropriação ilegal de nosso espaço recreativo (quadra de esportes), que por sinal nunca foi revitalizada pelo poder público, agora estão invadindo nosso Horto. Eles estão incendiando o resto que não vai ser utilizado'', lamenta.
A reportagem entrou em contato com o Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) para saber se há licença para o corte e queimadas na região. A assessoria de comunicação do instituto informou que encaminhou as fotos e vídeos do local para a equipe da fiscalização para ser verificado se é responsabilidade da Prefeitura de Maceió, por se tratar de área de convívio urbano.
Em seguida, em nota o IMA/AL informou que de acordo com a Gerência de Monitoramento e Fiscalização que uma equipe seria enviada para averiguar a denúncia. ''Segundo a Gerência de Monitoramento e Fiscalização do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) a ação de fiscalização, para averiguação da possível irregularidade, em área verde localizada no Conjunto José Tenório, em Maceió-AL, pode ser realizada tanto pelo órgão estadual como pelo municipal, mas é importante que a população denuncie sem a denuncia feita a um órgão fiscalizador é difícil atender a demanda. No IMA/AL a denuncia, inclusive, pode ser feita de forma anônima, através do aplicativo IMA Denuncie. De todo modo, os fiscais devem averiguar os possíveis danos ambientais e policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) estão a caminho do local''.

A prefeitura de Maceió também foi procurada pela reportagem e através da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), que as equipes estão trabalhando na limpeza e nega devastação do horto florestal.
''A Secretaria Municipal de Infraestrutura informa que trabalha na limpeza para a recuperação de duas quadras esportivas que ficaram abandonadas por mais de 30 anos e foram tomadas pelo mato, o que tornou o ambiente inapropriado para a prática de esporte e lazer. Posteriormente à limpeza, a pasta dará prosseguimento à revitalização das quadras que já existem no local. A Seminfra ressalta que não há devastação de área verde, nem de proteção ambiental, mas a retirada de árvores não nativas que caíram durante as chuvas e ocuparam o espaço a ser revitalizado, assim como a capinação de matos que cresceram no piso da quadra e que não configuram como área verde''.
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