Cidades
Conferencistas são unânimes acerca de um sistema produtivo integrado para a Região Metropolitana de Maceió
Jorgraf e GQTech realizaram nesta sexta o seminário Impacto da Convergência para a Região Metropolitana de Maceió

Sustentabilidade Ambiental; Bacias Hidrográficas na RMM; Economia Metropolitana e Desenvolvimento Local; Convergência Tecnológica; Design e a Conexão Metropolitana e Agricultura Sustentável e a Metrópole foram os temas em debate do Seminário “Impacto da Convergência na Região Metropolitana de Maceió (RMM)”.
Cada especialista conferencista, entre eles, importantes ambientalistas, engenheiros, economistas, advogados, debateram e discutiram caminhos para a RMM. Todos sinalizaram na sua apresentação programas, projetos, políticas e ações que não estão convergindo para a sustentabilidade ambiental da RMM.
Neste sentido, houve uma discussão inédita acerca da economia do mar, ou economia azul, do qual, todos os conferencistas foram unânimes no que diz respeito a um sistema produtivo integrado para a RMM. Todos eles pontuaram o alerta para iniciar a reversão dos indicadores inadequados de sustentabilidade social e ambiental.
O coordenador e mediador do simpósio, Antonio Pinaud, diretor presidente da GQTech, explicou que o desenvolvimento pela economia do mar ou economia azul é a soma das atividades que tenham o mar, os rios e o sistema lagunar, como recurso ou meio.

“Essa economia passa pela convergência setorial das atividades econômicas e sociais no ambiente da região, formando um sistema produtivo integrado e não fragmentado”, garantiu.
Antonio Pinaud ressaltou que os profissionais envolvidos no evento se dedicaram aos temas para indicar as soluções de condições críticas da metrópole, que segundo ele, estão em níveis extremamente preocupantes de degradação ambiental e social.
O segundo palestrante, Alex Gama, engenheiro, mestre em engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tratou da segurança hídrica como base na sustentabilidade ambiental e econômica para a RMM.

O conferencista lembrou que a Região Metropolitana de Maceió ocupa 13 municípios e que sequer existe algum debate específico para a área. “Não estamos nos debruçando sobre a discussão dessa região especifica”.
Manoel de Melo Maia Nobre, engenheiro e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirmou que o assunto em debate é de grande necessidade e o evento está sendo bem sucedido no sentido do compartilhamento entre as pessoas. “De se fazer entender que esses assuntos não são tão técnicos a ponto de não se apoderar deles como cidadão. Se for esperar mudança por parte da política somente não vai ter então a população deve participar”.

O capitão-tenente Camões, que participou do evento, representando a Capitania dos Portos de Alagoas, destacou a importância do seminário trazendo à tona a consciência marítima da população, bem como das riquezas naturais de Alagoas.
“A sustentabilidade da exploração é fundamental dessa Amazônia Azul, uma analogia muito pertinente à floresta devido a biodiversidade que temos no ambiente marítimo, por isto a importância de se investir cada vez mais na consciência e fiscalização aquaviária, além da exploração da massa marítima do nosso litoral que é um privilégio para todo o país”, defendeu.

Ele agradeceu e pontuou a importância da divulgação deste tema não só para os especialistas, mas principalmente o público em geral, porque muitos não têm consciência da riqueza do território e importância de explorar de responsável e renovável.
“A divulgação é muito importante para as pessoas que não têm acesso a este tipo de informação, isso é de extrema relevância para a sociedade. No Brasil, a maioria dos produtos do mercado comercial é feito pelo mar, então a consciência marítima deve estar sempre na mente dos brasileiros”, mencionou.
Rosane Maia Nobre, engenheira civil e professora aposentada da Ufal, avaliou como participante do simpósio, um evento surpreendente. Ela que é atuante na área de recursos hídricos há cerca de 30 anos, enfatizou que não tem como dissociar recursos hídricos com o que é importante para a sociedade.

“O olhar deve ser sistêmico e interdisciplinar, e na minha carreira sempre tive essa visão. A iniciativa da Jorgraf é formidável porque tenta unir e isso é fantástico, estou realmente maravilhada”, frisou.
CONFERENCISTAS
Renato Regazzi

Do Rio de Janeiro, mestre em Gestão Tecnológica, pós-graduado em Engenharia de Produção pela UFRJ e especialista em Estratégia para Inovação pela Universidade de Stanford (EUA).
Manoel de Melo Maia Nobre

Engenheiro e professor da Universidade Federal de Alagoas, mestre em Geotecnia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; PhD pela University of Waterloo, na Inglaterra. É especialista em Recursos Hídricos e Recuperação Ambiental. Foi professor na PUC-Rio e professor visitante na COPPE/UFRJ, UFBA e UFPE. É membro da American Geophysical Union, Canadian Society of Civil Engineering.
Alex Gama

Engenheiro, mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ex-Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas; ex- Presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia. Foi Consultor do Banco Mundial na Bahia para o Plano de Gerenciamento dos Recursos Hídricos. .
Fábio Leão

Economista formado pela Universidade Federal de Alagoas, doutorando em Sociedade, Tecnologia e Políticas Públicas; mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Tem especialização em formação de Consultores de Micro e Pequenas Empresas. Universidade de São Paulo (USP). Também se especializou pela Organización y Gestión de la Innovación Tecnológica.
Renata Lelis

Advogada formada pela Universidade Federal de Viçosa de Minas Gerais; mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela Universidade Nova de Lisboa, com ênfase em mercado de direitos do uso da água e cobrança pelo uso da água. Coordenadora estadual do Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas. Professora de Direito Ambiental em cursos de graduação e pós-graduação.
Pablo Viana

Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); doutorado na Universidade da Califórnia e pós-doutorado na Universidade Linkoppings (Suécia). Foi secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas.
Ana Maia e Rosa Piatti

Arquitetas, urbanistas, designers e artistas plásticas premiadas dentro e fora do Brasil. Em Alagoas comandam a grife MaiaPiatti. Receberam vários prêmios internacionais, destacando: AF Milano, Itália; MAM, São Francisco – Califórnia; The Best Product, New York e o Revelation, Maison&Objet em Paris.
Antônio Santiago

Graduado em agronomia pela UnB; mestre em agronomia (Filotecnia) pela Universidade Federal de Lavras; doutorado em agronomia e pós-doutorado pela Politécnica de Madrid. Foi secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas e é autor de artigos científicos e livros.
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