Cidades

Fiscalização flagra irregularidades em abrigo de idosos em Maceió

Por Tribuna Hoje com Assessoria 05/08/2022 17h19 - Atualizado em 06/08/2022 09h02
Fiscalização flagra irregularidades em abrigo de idosos em Maceió
Abrigo de idoso em Maceió tem irregularidades flagradas durante fiscalização - Foto: Ilustração

A Comissão Especial do Idoso da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) flagrou, em fiscalização conjunta com o Conselho Municipal da Pessoa Idosa e com integrantes da Base Comunitária da Polícia Militar, diversas irregularidades em um abrigo situado no bairro do Vergel do Lago, em Maceió.

Após concluir a visita, foi formalizada uma denúncia na Central de Flagrantes. Também será encaminhado um relatório ao Ministério Público Estadual (MPAL) para que as providências sejam adotadas.

Segundo Gilberto Irineu, presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL, o Abrigo Bem Viver tem CNPJ registrado na Prefeitura de Maceió, mas não possui no Conselho e nem alvará da Vigilância Sanitária. Os responsáveis pelo estabelecimento recebem as aposentadorias e pensões de aproximadamente 20 abrigados, com esse dinheiro, afirmam que fazem a manutenção do ambiente, que é totalmente inadequado para abrigar idosos.

“Recebemos muitas reclamações. Estamos falando de um local totalmente insalubre, que não cumpre o que preconiza o Estatuto do Idoso e que não possui condições mínimas de funcionalidade. A questão da alimentação também deixa muito a desejar. Encontramos ainda uma piscina com larvas, com a água toda verde, e um chão completamente sujo”, afirmou o presidente.

O representante da OAB/AL adverte ainda a situação dos quartos, sem as condições necessárias para que os idosos possam dormir. “Me chamou a atenção a senhora Denise dos Santos Alves, de 72 anos, que me procurou no momento da inspeção para dizer que nunca apareceu um médico por lá. O pessoal administra as pensões e aposentadorias desses idosos, que são não só de Maceió, mas de vários municípios do estado, e não tem um médico para dar assistência a eles”, acrescentou Gilberto Irineu.

A comissão também averiguou a existência de fios soltos e desencapados, iluminação precária, ausência de uma unidade médica para primeiros socorros, cozinha improvisada e sem condições de higiene, ausência de espaço para acomodar os pertences dos idosos e pouca quantidade de funcionários, pouco treinados para lidar com idosos. Também não há saída de emergência no local.

A Comissão da OAB e o Conselho Municipal vão elaborar relatórios que serão encaminhados ao MP/AL para que se manifeste e adote as medidas cabíveis. A Vigilância Sanitária também será contactada para ir até o abrigo e conferir de perto a situação higiênica do local.