Cidades

Moradores de rua próxima ao Cepa sofrem com infestação do mosquito Aedes aegypti

Segundo moradores da Rua Dr. José Castro de Azevedo, a principal causa do aparecimento dos mosquitos é a água parada de piscinas próximas ao local

Por Rívison Batista com Tribuna Hoje 28/06/2022 21h37 - Atualizado em 30/06/2022 06h13
Moradores de rua próxima ao Cepa sofrem com infestação do mosquito Aedes aegypti
Mosquito Aedes aegypti - Foto: Reprodução

Os moradores da Rua Dr. José Castro de Azevedo, localizada nas proximidades do CEAGB (também conhecido como CEPA), estão sofrendo com uma infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. De acordo com os moradores, a causa do surto do mosquito na região é a predominância de água parada nas piscinas que ficam próximas à localidade.

Uma moradora que optou por não se identificar reside em um prédio da Rua Dr. José Castro de Azevedo e relata que as piscinas próximas à localidade estão servindo de criadouro para os mosquitos. "O porteiro do meu prédio está com dengue e o síndico também teve. Estamos passando por uma situação séria de saúde pública que precisa ser solucionada. A gente telefona para o Disque Dengue e afirmam que não têm quem mandar para realizar a fiscalização", diz.

Em imagens feitas por moradores da cobertura desse prédio, é possível ver, nas ruas ao redor, piscinas com água suja, escura, que podem ser o ponto de partida para a proliferação do mosquito. Também é possível ver grandes poças de água no Cepa que mais parecem lagoas vistas de longe. A moradora também relata que se mudou para a região recentemente e se sente totalmente insegura devido à infestação do inseto. Junto com ela, dezenas de outros moradores compartilham da mesma insegurança.

Secretaria Municipal de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) respondeu aos questionamentos da Tribuna sobre a situação afirmando que "faz o controle de infestação do mosquito Aedes aegypti na área do Farol".

"Esse controle é feito por meio de visitas domiciliares dos agentes de endemias aos imóveis, com orientações para os moradores e, também, pela destruição mecânica de possíveis criadouros (como objetos que estejam acumulando água parada) ou química (que consiste na aplicação do larvicida em locais onde há focos do mosquito)", afirma a SMS.

Ainda segundo a Secretaria, "em relação a imóveis que estejam acumulando água parada, como no caso de piscinas, caso a equipe encontre o proprietário no local, é emitido um auto de infração, com orientações sobre adequações a serem realizadas em um prazo de 15 dias". 

"Já quando o proprietário não é encontrado, o município publica o auto de infração no Diário Oficial do Município, que é também utilizado para a abertura do processo administrativo, mas, nesse caso, o prazo para apresentação de defesa e adequações concedido ao mesmo é de 30 dias", diz a SMS.