Cidades

Família de jovem que se afogou no Gunga implora por retomada de buscas

Por Redação 23/03/2022 08h24
Família de jovem que se afogou no Gunga implora por retomada de buscas
Toago veio de Pernambuco para conhecer as praias de Alagoas e acabou se afogando no Gunga - Foto: Redes sociais

Familiares do banhista que está desaparecido desde o último domingo (20), após mergulhar na Praia do Gunga, em Roteiro, identificado como Tiago Siqueira Santos, de 22 anos, imploram pela retomada das buscas e dizem que houve negligência por parte do Corpo de Bombeiros de Alagoas.

Eles contam que Tiago saiu de casa no dia 19 de março para uma excursão rumo às praias de Alagoas, com um grupo de cerca de 50 pessoas. Na Praia do Gunga, o rapaz e um amigo entraram no mar e teriam sido arrastados pela correnteza. Um terceiro amigo, percebendo a situação, entrou no mar para resgatar os jovens, mas conseguiu salvar apenas um deles e Tiago permaneceu na água.

Após o afogamento, amigos e um pescador tentaram retirá-lo da água, mas também sem sucesso. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 8h55 e segundo a corporação as buscas foram feitas até o final da tarde de domingo, interrompidas na segunda por causa do mau tempo e retomadas nesta terça-feira (22).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a mãe de Tiago, Maria Solange Siqueira, se diz desesperada e pede a retomada das buscas.

“Não deixem meu filho no mar, procurem meu filho. Eu estou desesperada e ninguém está procurando meu filho. Eu peço pelo amor de Deus”, diz a mulher em um trecho da gravação.

Lucas Rodrigues, um dos amigos de Tiago que estava no momento do ocorrido, afirma que eles saíram do interior de Pernambuco para conhecer as praias de Alagoas e só queriam se divertir.

“Estão falando muita coisa a respeito do caso, que foi negligência nossa e tal, mas a gente só queria se divertir. Saímos de Custódio, que não tem praia, para Maceió para se divertir. Inicialmente, ficamos perto das barracas e depois vimos que tinha um local mais bonito para tirar foto e fomos até lá. Foi aí que tudo aconteceu”, disse.

O jovem admite que eles não sabiam nadar, mas que o local não era fundo e que não havia sinalização. “A gente realmente não sabe nadar, mas no local não tem qualquer sinalização ou salva-vidas. Negligência nossa não foi, talvez ingenuidade”.

A irmã do rapaz, Tainá Siqueira, alega que o Corpo de Bombeiros demorou muito para chegar ao local e que não entende porque as buscas foram suspensas antes de encontrarem o jovem. “As buscas começaram quase uma hora depois do afogamento, os bombeiros chegaram ao local com roupas inadequadas e ainda foram vestir o traje apropriado para entrar no mar, o que levou ainda mais tempo de espera. E, depois, as buscas aconteceram apenas até às 15h e na segunda não foram retomadas. Eles disseram que foi por causa do tempo, mas não estava chovendo, só estava nublado”, disse indignada em um vídeo postado nas redes sociais.

“Eu estou aqui com a minha mãe desesperada. Ela só quer se despedir do filho dela e eu do meu irmão. A gente só quer encontrá-lo e não tem ninguém procurando por ele”, completou Tainá.

Confira a nota divulgada nessa terça-feira (22) pelo Corpo de Bombeiros sobre o caso:


No último domingo, 20, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas foi acionado para atendimento de vítima de afogamento, sexo masculino, 21 anos, na Praia do Gunga, litoral sul alagoano. Prontamente foi realizada uma série de buscas a pé firme em toda a região onde a vítima havia submergido, o que se estendeu durante todo o dia.

Ainda no domingo o helicóptero realizou as buscas no local da ocorrência. No dia seguinte as buscas precisaram ser suspensas em detrimento às fortes chuvas que assolaram o litoral alagoano durante todo o dia.

Na manhã de hoje (terça-feira) as equipes de Guarda-Vidas e Mergulhadores de Resgate retomaram as buscas e seguirão até que a missão seja cumprida. Foram utilizadas também aeronaves do Grupamento Aéreo que sobrevoaram toda a região também realizando buscas.

Ressalto-vos que nossa Corporação, através do Grupamento de Salvamento Aquático, realizou no início desta temporada um trabalho preventivo a partir de estudo estatístico das ocorrências de afogamento em todo o estado. Trabalho que envolve a colocação de Placas preventivas quanto aos perigos que aquela praia apresenta.

A Praia do Gunga oferece uma configuração que tem parte de sua praia banhada pela Lagoa do Roteiro e parte dela pelo Oceano, o que nos levou à instalação de Placa de Prevenção logo na entrada desta praia.

Por fim, reforçamos que as busca, pela vitima deste episodio trágico, continuam de força árdua e persistente e que não iremos cessar até obtermos êxito em nossa atividade. O compromisso com a segurança de toda a população é levada com muita seriedade por nossa Instituição. Reafirmamos nosso compromisso com os familiares e amigos do jovem em tempo que nos disponibilizamos aos familiares para qualquer demanda.

Assessor de Relações Públicas e Comunicação Social / CBMAL

Major QOBM/CBMAL Joaquim Kenzo Andrade Kishishita