Cidades

Em dois meses, OAB recebe sete denúncias de racismo, injúria racial e preconceito a religiões

Por Assessoria 21/03/2022 17h14 - Atualizado em 21/03/2022 17h20
Em dois meses, OAB recebe sete denúncias de racismo, injúria racial e preconceito a religiões
Presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial, Ana Clara Alves - Foto: Ascom OAB/AL

A Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) registrou, nos dois primeiros meses desse ano, sete denúncias de casos de injúria racial, racismo ou preconceito contra religiões de matriz africana. Os casos ocorreram em ambientes cibernéticos e até mesmo em um centro de educação. Nesta segunda-feira (21), quando é celebrado o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a entidade reafirma a necessidade de avanços no combate ao preconceito.

“Foram quatro casos de racismo e injúria racial, dois casos de preconceito religioso e um atendimento ao povo de terreiro para assessoria jurídica. Estamos em 2022, mas esse tipo de conduta, infelizmente, ainda é muito presente na sociedade”, explica a advogada Ana Clara Alves, presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB.

Ana Clara Alves destaca que ainda há muito a avançar no combate ao preconceito racial no estado. “Alagoas, estado com grande arcabouço cultural de população negra, ainda apresenta tabus quando o assunto é racismo. Nosso estado tem elevados índices de violência contra a população negra, que se manifestam de diversas formas”, expõe.

Por envolver questões particulares e de foro íntimo, a Comissão de Promoção da Igualdade Racial não divulga detalhes de casos específicos. A presidente da comissão destaca que as vítimas de atitudes discriminatórias podem entrar em contato com o órgão pelos canais oficiais de comunicação da OAB ou dirigir-se até a instituição, para que seja realizado o atendimento e feito o acompanhamento cabível ao caso.

“O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial nos retoma a luta que nossos ancestrais combateram para que a população negra hoje goze de liberdade. É uma data reflexiva e potente, que nos reporta ao que passamos e onde queremos chegar: a um mundo de condições igualitárias de oportunidades”, finaliza.