Cidades
Artesão possui mais de 100 mil peças produzidas e espalhadas pelo mundo
Arlindo Monteiro trabalha há 48 anos esculpindo em pedras, madeira, barro e miniaturas em palitos de fósforo
É no Mercado do Artesanato que o mestre artesão, Arlindo Monteiro, pratica todos os dias aquilo que mais gosta: esculpir miniaturas em palitos de fósforo. A sua arte está espalhada pelo mundo. E ele comemora mais de 100 mil peças produzidas neste 19 de março, o Dia do Artesão.
Nascido em Pernambuco, Arlindo mora há 43 anos em Maceió e é aqui que as suas esculturas contam um pouco mais sobre a sua trajetória. Ele começou esculpindo em pedras, barro, em madeira, mas se consagrou com a reprodução da vida real em miniatura, esculpindo em palitos de fósforo.
“Quando você faz o que você gosta, a ideia é estar sempre em evolução. Eu digo a todas as pessoas que chegam aqui: faça o que gosta para a fazer a diferença. Viver de arte não é fácil, a gente precisa de mais valorização”, afirma o artesão.
Há 48 anos ele trabalha com as mãos, com os olhos atentos e muita inspiração. Esculpir miniaturas foi algo pensado há 23 anos e até já produziu peças que foram usadas numa abertura de telenovela, veiculada em rede nacional. Com as esculturas em palito de fósforo, ele cria movimento e até tem um avião que é três vezes menor do que uma muriçoca.
Arlindo não para de criar. Quem chega ao Mercado do Artesanato encontra o artesão sempre produzindo. Ele está preparando uma coleção de São Jorge, com diversas posições para o dragão. E tem um projeto de contar a história do Brasil através de 21 mil esculturas em miniatura.
"Muita gente não acredita que consigo criar no palito de fósforo, mas sempre que vou aos eventos, e até aqui no mercado do Artesanato, estou sempre trabalhando para que as pessoas vejam como é feito o meu trabalho. Quando mostro, as pessoas ficam encantadas", ele conta.
Para Arlindo, a arte é feita com o diferente, o inusitado. "Eu me sinto feliz. Eu amo o que faço. E você só faz a diferença enquanto profissional quando gosta do que faz. É muito gratificante", ressalta.
A grande lição do mestre Arlindo é de que ser artesão é usar não só as mãos. "Mas os ouvidos, o nariz, os olhos, a mente e o coração. É ser um artista completo: se não tiver isso, é só ser mais um”, revela.
Artesãos por toda Maceió
Arlindo faz parte do maior centro de artesanato de Alagoas, o Mercado do Artesanato, localizado na Levada. Por lá, 260 permissionários são cadastrados na Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes). Mas outros 120 artesãos também integram os grupos de Economia Solidária e que expõem seus produtos nos Shoppings localizados no Benedito Bentes e na Mangabeiras. Além dos artesãos que produzem e comercializam na Praça Lions, na Pajuçara.
A Semtabes tem buscado políticas de incentivo para esses profissionais, como feiras itinerantes para os grupos de economia solidária, o trabalho em conjunto com a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Territorial (Sedet), na revitalização da Praça Lions e as grandes reformas que já estão sendo implementadas no Mercado do Artesanato.
“Nós estamos trabalhando para melhorar os espaços, dar um olhar diferenciado para todos os artesãos. É uma determinação do prefeito JHC. E muita coisa está se tornando realidade, como a revitalização da Praça Lions e também as reformas do Mercado do Artesanato. Então, nesta data, aproveito e desejo a todos que esse dia seja de felicidade”, felicita o secretário municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Carlos Ronalsa.
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