Cidades
Rodoviários se aproximam de greve após mais uma rodada de negociação
Apesar de ter colocado uma proposta de reajuste na mesa, os patrões receberam uma negativa da diretoria do sindicato
Após mais uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL) e os empresários do setor de transporte público de Maceió, ocorrida na tarde desta sexta-feira, 18, a possibilidade de um movimento grevista ficou ainda mais evidente, já que, apesar de ter colocado uma proposta de reajuste na mesa, os patrões receberam uma negativa da diretoria do sindicato.
Sem reajuste desde 2019, os rodoviários pedem um aumento de 23% nos salários e no ticket alimentação e não abrem mão disso, pois o percentual representa somente os índices inflacionários referentes aos três últimos anos e, por isso, reivindicam urgência nesta negociação, cuja data base teve início em 1º de março, caracterizando já o atraso desta e reforçando um momento muito delicado para os trabalhadores, que amargam dificuldades financeiras e falta de comida na mesa.
A contrapartida dos empresários foi um reajuste parcelado, sendo 5% pagos agora e mais 5,25% somente em setembro. Eles afirmam que com o reajuste do subsídio proposto pela Prefeitura de Maceió, que aumentaria R$ 2,5 milhões para R$ 4,5 milhões, eles só poderiam arcar com o que foi proposto, descartando qualquer avanço nesta questão. Esse fato causa estranhamento e aumenta a insatisfação dos trabalhadores, já que o reajuste proposto pela Prefeitura para o subsídio praticamente aumentou em 100% seu valor e, mesmo assim, eles alegam a impossibilidade de conceder o reajuste pedido pelos rodoviários.
Conhecendo a expectativa de aumento salarial aguardado pela categoria , já que a pauta aprovada por eles anteriormente já foi a acima mencionada, o presidente do Sinttro/AL, Sandro Reges, adiantou, durante a reunião, que lutará para assegurar a pedida dos trabalhadores e espera que, agora, a Prefeitura participe da negociação, através da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), para auxiliar na mediação do impasse.
“Nosso entendimento é que estamos pedindo apenas o justo, que é a reposição da inflação e, por isso, não aceitaremos menos do que os 23%”, pontuou Reges, completando que uma nova reunião já ficou agendada para a próxima terça-feira, 22, quando, possivelmente, se confirmará o movimento paredista, caso a proposta de reajuste não avance.
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