Cidades

Bares e restaurantes enfrentam pouca resistência por exigência de cartão da vacina

A maioria dos clientes apresenta passaporte de imunização sem maiores questionamentos

Por Ana Paula Omena com Tribuna Independente 20/01/2022 12h33
Bares e restaurantes enfrentam pouca resistência por exigência de cartão da vacina
Reprodução - Foto: Assessoria

Bares e restaurantes da capital alagoana têm enfrentado pouca resistência por parte dos clientes quando se trata da exigência do passaporte da vacina para entrada em estabelecimentos do setor. A recomendação começou a valer no último dia 14, em medida conjunta com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas (Abrasel-AL), Prefeitura de Maceió e do Governo do Estado.

De acordo com Eduardo Salles, proprietário do Lopana, na orla de Maceió, nos primeiros dias da medida foi mais complicado pela falta de informação, mas depois todos os clientes já começaram a andar com o cartão físico ou com o aplicativo no celular.

“Não estamos enfrentando resistência, pouquíssimos clientes reclamam da ação, mas mesmo assim apresentam o cartão, a grande maioria apresenta sem maiores questionamentos. Já estávamos com 100% da nossa equipe vacinada e agora nós estamos pedindo a todos os clientes que apresentem o cartão de vacina na entrada”, ressaltou.

Júlia Araújo, responsável pelo marketing do Espetinho da Maria, disse que já houveram alguns problemas em decorrência da exigência do cartão de imunização. “Sabemos que uma parte da população ainda não se vacinou e não acredita na vacina, então teve um pessoal que ficou com raiva e expressou indignação, mas isso não mudou nosso posicionamento porque é uma questão de saúde pública. Tivemos que cancelar o show porque os músicos da banda não trouxeram o cartão de vacina, ficamos sem atração, só que foi necessário”, contou.

 Ela acredita que o fato da negação é uma questão de tempo e que logo as pessoas se conscientizarão da importância da imunização. “Penso que seja só uma fase de adaptação e que as pessoas busquem se vacinar, porque essa medida foi válida tendo em vista que muita gente se contaminava, não estava vacinado e continuava frequentando os locais públicos”, destacou Júlia Araújo.

 “Tem pessoas que ainda tentam vir para ver se consegue passar batido e entrar, não estão dando tanta importância para a recomendação em si, mas outros, percebo que já procuram saber como fazem para entrar se podem usar o aplicativo Conecta SUS, e mostrar que estão vacinados com as doses atualizadas e até apoiam a ideia, veem como uma forma legal de não ter a necessidade de andar com o cartão”, ponderou.

Brandão Júnior, presidente da Abrasel-AL, explicou em entrevista a um site local, que o cenário pede novas medidas e o setor está apto a atendê-las. “Manteremos os cuidados já preestabelecidos em decretos governamentais e também cobraremos dos clientes de casas que oferecem música ao vivo, o cartão de vacina atualizado”, afirmou.

“Segmento se colocou como necessário para esses bares e casas de show que cobram entrada, tendo em vista que existem pessoas em pé, e passou-se a limitar o número de acentos. Então, foi direcionado para esse foco, por ser o mais crítico”, explicou o representante da Abrasel no estado.

Clientes devem apresentar cartão de vacina atualizado

[caption id="attachment_493780" align="aligncenter" width="640"] (Foto: Edilson Omena)[/caption]

De acordo com o secretário executivo do Gabinete do prefeito JHC, Claydson Moura, a exigência é do cartão de vacina atualizado. “Então, se já tiver tempo para a pessoa ter tomado as três doses, então tem que ser com as três. Se não, com as duas, porque já deu tempo de todos tomarem as duas”, frisou.

Ele salientou que a medida não é obrigatória, mas um entendimento do Município com os setores econômicos para viabilizar o funcionamento dos estabelecimentos de forma segura, por conta do aumento de casos.

“Há fiscalização, feita pela Vigilância Sanitária, com orientação quanto ao distanciamento, uso de máscaras, álcool 70%. Mas é uma ação educativa inicialmente, sem punição”, observou.

Entre as medidas estabelecidas para o setor estão: exigir a carteira de vacinação contra Covid para que o cliente possa entrar no estabelecimento; respeitar o limite de capacidade do local; proibir pessoas em pé ou dançando no salão, sobretudo nos locais de música ao vivo; formular texto para que os cantores leiam orientações aos clientes dos protocolos sanitários durante os shows em bares, restaurantes e afins; orientar funcionários sobre protocolos e exigência do uso de máscara e expor em locais visíveis o selo “estamos todos vacinados”.