Cidades
“Movimento alcançou seu objetivo”
Avaliação é de pastor que coordenou protesto contra Braskem; ato contou com participação de religiosos, ex-moradores e entidades
“Atingimos nossos objetivos: primeiro, dizer a cidade de Maceió que não dá para assistir indiferente, a cidade ficou um caos mas não é por maldade, não é por falta do que fazer, mas para sensibilizar. A segunda coisa é que bloqueamos a Braskem de 7 horas da manhã às 17 horas em um ato absolutamente pacífico, e conseguimos segurar até as 17 horas”, afirma o pastor Wellington Santos, um dos coordenadores do ato que reuniu religiosos, ex-moradores e movimentos sociais contra a Braskem.
O protesto durou cerca de 10 horas e bloqueou a Avenida Assis Chateaubriand, no bairro do Trapiche da Barra. Wellington Santos afirma que o ato foi alvo de dois pedidos de liminar para suspensão, e que apenas um foi acatado pela Justiça.
“Fomos alvo de dois pedidos de liminar, mas uma foi negada. A outra, o oficial de Justiça não conseguiu chegar a tempo. Não houve ameaça [da nossa parte]. Eles entraram com esse argumento, com duas liminares, uma foi negada e outra com possíveis ameaças, mas que não chegou a tempo, a polícia esteve presente. Saiu um documento que apontava a mim, o Pai Célio e o Walfran como responsáveis, mas o oficial de Justiça não conseguiu chegar a tempo, porque às 17 horas já tínhamos dissipado. O ato foi proativo e forte neste sentido, ninguém foi tocado e não realizamos nada por fora, tivemos a presença de povos de terreiro, pastores, movimentos sociais”, diz Wellington Santos.
Ainda de acordo com o religioso, diversas autoridades do estado foram convidadas a participar do ato. Além dos ex-moradores, 15 artistas dedicaram seu tempo e cachês para a manifestação.
“Alguém me perguntou mais cedo se a Braskem havia enviado alguém para negociação, mas não queríamos negociar. Nosso objetivo é mandar um recado. Isso serviu mais para pressionar os órgãos, os políticos e saber qual o problema de um ente público receber uma crítica, fazer uma autocrítica. Porque isso ofende tanto? Considerar que um termo de acordo precisa ser revisto. Convidamos todos os deputados, todos os vereadores, quem nos apoiou foi Jó Pereira, Paulão, Ronaldo Medeiros, Teca Nelma e Francisco Sales. Eles nos apoiaram formalmente”, aponta.
Mas na avaliação de Santos, é preciso um posicionamento efetivo da classe política alagoana em relação ao problema de afundamento que afeta cinco bairros da capital alagoana.
“Lamentavelmente temos políticos em Alagoas que são pobres de compreensão política: não é meu bairro, meu reduto, o político da ALE não está ali para defender seu bairro. O prefeito se elegeu fazendo discurso duro contra Braskem e agora não faz, o governo totalmente omisso, e temos a impressão de que a Braskem comprou tudo. Quantas campanhas foram financiadas? E a pergunta que fica é: qual a dificuldade de um deputado, um vereador de entender que foi um crime cometido contra cinco bairros? É como se fosse uma família de cinco irmãos mortos de uma vez. Isso é pobreza [de espírito], para não chamar de falta de habilidade política”, critica.
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