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Nova variante ômicron deve chegar a Alagoas

Planeta volta a acender sinal de alerta à Covid e infectologista alagoano diz que é “difícil achar que ela não chegará até nós”

Por Texto: Ana Paula Omena com Tribuna Independente 30/11/2021 11h14
Nova variante ômicron deve chegar a Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o surgimento de uma nova variante da Covid-19, chamada ômicron, o planeta voltou a acender o sinal de alerta. O infectologista alagoano, Renee Oliveira, se diz preocupado com a cepa, pois no estado nem 70% da população sequer foi vacinada com a primeira dose. “A ômicron, nova variante do coronavírus que teve o primeiro caso registrado na África do Sul, já foi detectada em pelo menos 15 países, o que fez com que algumas nações adotassem restrições”, ressaltou. “Então fica difícil achar que ela não chegará até nós. Agora, o objetivo é fazer com que esta variante não entre com muita força, isto é, que não se dissemine rapidamente, porque ainda não sabemos se ela é mais violenta ou se tem uma transmissibilidade maior”, ressaltou. Renee Oliveira salientou a importância fundamental dos cuidados tanto no que diz respeito à imunização das doses quanto ao uso de máscara, álcool gel, distanciamento, entre outros. “Se a variante responder bem as vacinas, aquele estado que tenha sua cobertura vacinal muito boa, com no mínimo 80% com as duas doses ou 90% da população vacinável dentro do esquema das já aplicadas será interessante. O que já tira Alagoas e Maceió deste contexto porque não se chegou a esse índice ainda, então nós estamos caminhando para perto de 70% em relação à primeira dose e a segunda dose não chegamos a 60%, e isso é preocupante, porque se essa nova variante se disseminar, e se ela escapar facilmente do sistema imunológico das pessoas vacinadas ou que já tiveram Covid pode ser que tenhamos um aumento de casos como foi visto no começo desse ano, de repente com uma explosão de casos”, explicou. Para aquelas pessoas que ainda não se vacinaram é ainda pior, então o conselho do médico especialista, é que corram e procurem tomar a primeira dose o mais rápido possível para assim quem sabe até diminuir o intervalo para a segunda dose e acelerar o esquema vacinal. Ainda de acordo com o infectologista é cedo afirmar se a ômicron produz um quadro mais pesado e que será preciso mais algumas semanas para determinar se isso realmente é real. “Essa nova variante assusta porque tem uma quantidade de mutações maior do que a delta, por exemplo, e isso aumenta as chances do sistema imunológico não reconhecer. Pode ser que se tenha vacinado para a delta que funciona com a gama, mas não tão bem para a ômicron”, destacou. “Não sabemos qual o quadro clínico de uma pessoa infectada pela ômicron e também ainda não dá para dizer se as vacinas têm uma ação boa sobre ela. Ainda fica na especulação”, revelou. Para o infectologista Fernando Maia, a chegada da nova variante no Brasil e em Alagoas é só questão de tempo. “Provavelmente sim, agora com as medidas já tomadas de restrição de voos dos locais afetados, podemos minimizar o risco. Enquanto isso, vacinar o máximo e o mais rápido possível”, frisou.