Cidades

Estudo social será feito nas comunidades Flexais e Marquês de Abrantes em Bebedouro

Pedido de resolução dos problemas foi feito por moradores durante protesto realizado na manhã desta quinta-feira (29), apontando a Braskem como causadora

Por Lucas França com Tribuna Hoje 29/04/2021 16h01
Estudo social será feito nas comunidades Flexais e Marquês de Abrantes em Bebedouro
Reprodução - Foto: Assessoria
Após protesto de moradores e ex-moradores do Bairro de Bebedouro em Maceió realizado na manhã desta quinta-feira (29), uma reunião foi realizada e ficou decidido que será feito um estudo social nos Flexais e em seguida na Marquês de Abrantes, para junto com os estudos técnicos definir a situação dessas comunidades. Na mesma reunião foram colocadas ainda outras pautas como o Cemitério Santo Antônio, que receberá manutenção e segurança e foi informado que será feito um planejamento e ações referentes ao cemitério. Outra questão apontada foi a dos animais abandonados. A situação dos animais será discutida em reunião específica com a Prefeitura, Braskem e grupos protetores. Segundo Neirivane Nunes, representantes da Comunidade Flexais, no momento da manifestação o coordenador do GGI dos Bairros e Defesa Civil chegou ao local e chamou as lideranças para essa reunião. A Defesa Civil Municipal disse que o órgão está estudando a situação dos imóveis do local e se há ligação com os problemas do afundamento do solo. O PROTESTO Manifestantes fecharam um cruzamento entre a Ladeira Professor Benedito Silva e a Rua Marquês de Abrantes. Eles cobravam celeridade na resolução dos problemas causados pela mineração na localidade. [caption id="attachment_444385" align="aligncenter" width="911"] Protesto aconteceu na manhã de hoje no cruzamento entre a Ladeira Professor Benedito Silva e a Rua Marquês de Abrantes (Foto: Cortesia)[/caption] Entre os pedidos, estavam o de alguns moradores que buscam a indenização pelos danos materiais aos imóveis. Grande parte teve que deixar suas residências, por recomendação da Defesa Civil, por conta do agravamento das rachaduras em paredes e pisos, mas até então não teriam sido indenizados. Neirivane Nunes explica que o ato foi para chamar a atenção das autoridades da situação crítica das comunidades dos Flexais e Marquês de Abrantes. "Elas se encontram isoladas com o resultado da mineração criminosa da Braskem. Grande parte da população de Bebedouro já foi realocada, ficando apenas Flexais e Marquês de Abrantes. Parte do Flexal entrou no último mapa pra realocação e outra parte não", conta. A moradora denuncia que essas comunidades estão desassistidas de tudo, sem escola, farmácia, açougue, padaria, sem posto de saúde e sem segurança com ondas de assaltos e furtos as residências. "As lideranças estão reivindicando é a inclusão dessas comunidades no novo mapa", pontua Nunes. Com o protesto, ficou um grande congestionamento na região nos dois sentidos do cruzamento. Equipes do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) e agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) foram acionados para negociar a liberação das vias e atuar no controle do tráfego. https://www.youtube.com/watch?v=gxCN3jaaoJc BRASKEM Em nota, a Braskem informa que vem mantendo diálogo permanente com as autoridades públicas, para em conjunto buscar melhores soluções para os moradores e comerciantes atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. A mineradora afirma que vem cumprindo o acordo assinado em janeiro de 2020 e todos os dados vêm sendo apresentados às autoridades. A Braskem reforça que respeita o direito de manifestação pacífica e reitera seu compromisso com a segurança dos moradores.