Cidades

Esgoto a céu aberto em condomínio tira sossego de moradores

Problema estrutural que se estende desde 2015 já foi parar até no Ministério Público, mas ainda segue sem resolução

Por Lucas França com Tribuna Hoje 01/02/2021 10h46
Esgoto a céu aberto em condomínio tira sossego de moradores
Reprodução - Foto: Assessoria

O esgoto a céu aberto tem provocado à intensa queixa de moradores do Condomínio Residencial Industrial Ernesto Maranhão, no Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió. Segundo o sindico, o problema se alastra desde 2010, e em 2015 a situação piorou precisando a administração do condomínio colocar a Caixa Econômica Federal, responsável pela manutenção e obra do espaço na justiça.

“Enfrentamos esse problema com o esgotamento sanitário existentes em todo o condomínio há bastante tempo. E isso só têm se agravado. Quando chove a situação piora, por isso, buscamos ajuda do MPE [Ministério Público Estadual] e ganhamos a causa em primeira instância, mas com a demanda atual do órgão estamos aguardando o desfecho desse ‘processo’, com isso precisamos buscar um advogado  afim de termos celeridade, pois do jeito que está não pode continuar’’, expõe Diego Giovanni, sindico do residencial.

Giovanni diz que a situação ficou tão grave que parte de uma rua do condomínio precisou ser isolada porque começou um processo de erosão na calçada. “Como vocês podem notar a água fica parada e quando chove invade as ruas e calçadas e isso é em quase todo o condomínio. Se não bastasse, ainda existe o problema com insetos como os mosquitos e a água tem um mau cheiro que incomoda todos os moradores. Inclusive já tivemos vários relatos de crianças que adoeceram por conta do contato com o esgoto – até casos de dengue entre moradores’’, conta.

O policial militar Nilton Santos, que é morador do residencial confirma as reclamações do síndico e diz que nos últimos cinco anos a situação se agravou e teme que se nada for feito, o esgoto comece a invadir as residências.

[caption id="attachment_424498" align="aligncenter" width="609"] "É difícil até reunir a família para um simples lanche por conta do mau cheiro'', comenta o morador Nilton Santos (Foto: Edilson Omena)[/caption]

“Já são mais de cinco anos nessa situação terrível. E isso aqui não foi dano causado por morador não. È dano que já veio da construção. Então, procuramos nossos direitos junto aos órgãos competentes para nos ajudar a minimizar o problema – às vezes nãos podemos ficar na sala de casa, na casa comendo que sobe um odor insuportável. Pedimos que nos ajude a mudar essa situação’’, crítica o morador.

O síndico diz que a Caixa já reconheceu o erro e faz algumas medidas paliativas, mas que não resolvem o problema. “Eles enviam dois caminhões de limpeza do esgoto por dia, mas isso não resolve a situação. A demanda é grande. Estão apenas prolongando o problema’’.

https://www.youtube.com/watch?v=uIgd2m2nyBg&t=138s

A reportagem solicitou respostas da Caixa Econômica sobre a resolução definitiva do problema. Em nota, a instituição informa que instalará a Estação de Tratamento de Esgoto no Residencial Ernesto Gomes Maranhão, e para isso contratou a Empresa K.S. da Rocha Empreteira LTDA. As obras serão iniciadas após a expedição das licenças de operação e outorga dos órgãos ambientais.

A Caixa ressaltou que atualmente vem custeando a limpeza das fossas diariamente, de segunda à sábado, uma vez por dia, o que será assumido pela construtora a partir do início da obra. No entanto, não deu nenhum prazo para iniciar os trabalhos.

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