Cidades

Com salários atrasados, funcionários do Sanatório realizam protesto

Presidente do Seese, Francisco Lima diz que quebra da receita se deu por conta do afundamento do bairro causado pela Braskem

Por Tribuna Hoje 27/01/2021 15h01
Com salários atrasados, funcionários do Sanatório realizam protesto
Reprodução - Foto: Assessoria
Com salários e férias em atraso, funcionários do Hospital Sanatório, no Farol, realizam uma manifestação na sede da unidade hospitalar para cobrar direitos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Seese), Francisco Lima, o protesto ocorreu das 9H às 13h. “O hospital não pagou o salário integral dos funcionários. Só até R$ 1.40o do valor e  pagou apenas o décimo,  e o mês de novembro continua pendente. Além disso, deve as férias de todo o ano de 2020 e o mês de dezembro. Com o recurso proveniente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que é em torno de 630 mil não deu pagar honrar com os salários’’, explica. Ainda de acordo com a Seese, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que vai pagar até a sexta-feira (29), o hospital. “Com isso, creio que dará para terminar de pagar novembro e dezembro. Só que com a crise causada com a extração da Braskem colocando o hospital em ‘zona de risco’ desde 2018, a unidade vem tendo queda na receita entre um milhão e quinhentos mil a um milhão e setecentos mensais. Isso porque perdeu convênios e particulares e cerca de 90% de pacientes do SUS [Sistema único de Saúde]. Os pacientes e familiares tem medo de vim ao local’’, esclarece o presidente. veja abaixo o vídeo da manifestação: https://www.youtube.com/watch?v=X0t2yS-2_go Lima diz que para o hospital funcionar é necessário ter mudança. “Os clientes tem de fato medo de irem à unidade, mesmo o Sanatório tendo acompanhamento de engenheiros da Braskem e da Defesa Civil. Essa manifestação de hoje [quarta-feira, 27], foi de alerta com participação de funcionários e familiares de pacientes’’, ressalta avaliando que a Braskem deve agilizar o acordo de compensação financeira. “Entendo eu que a mineradora deve agilizar os acordos já que vem fazendo indenização de danos morais e prediais, então uma compensação financeira seria o justo já que a queda de receita foi causado por impacto do afundamento do bairro. Essa ajuda iria cobrir a folha de pagamentos dos funcionários e manter o hospital em funcionamento’’. Segundo o sindicalista, não estão vendo empenho por parte da empresa em agilizar a mudança da unidade. “A categoria continua mobilizada com uma programação para a semana que vem que ainda está sendo discutida, além de uma série de ofícios que serão encaminhados para os órgãos competentes para cobrar celeridade no caso. Mas, adianto que sem a ajuda da Braskem, não sabemos como o hospital irá se manter pois a receita mensal é em torno de um milhão e quinhentos a um e setecentos mensais, que deveria ser  compensado pela a mineradora’’, finaliza Francisco Lima.