Cidades

Maceió lidera avanço na transmissão da Covid-19 em Alagoas

Observatório formado por pesquisadores da Ufal mostram sinais de descontrole e crescimento de casos no estado

Por Ufal 01/12/2020 17h28
Maceió lidera avanço na transmissão da Covid-19 em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Enquanto muitos estão nas ruas, os pesquisadores da Ufal apontam para o descontrole na transmissão do novo Coronavírus em Alagoas. A 48ª Semana Epidemiológica (SE) avaliada pelo Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 ratificou a tendência de alta sinalizada nas últimas semanas. Segundo o documento, há um “forte avanço dos casos registrados” com aumento de 43% em relação ao período anterior. O coordenador do Observatório, professor Gabriel Bádue (Fanut/Ufal), apresenta um relatório semanal com dados importantes para monitoramento do poder público. O documento mostra que Maceió continua liderando a expansão do vírus, registrando aumento de 54% das notificações, com 477 novos casos de COVID-19 em Alagoas ao longo da última semana epidemiológica [caption id="attachment_414227" align="aligncenter" width="555"] Crescimento da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave nas últimas semanas em Alagoas (Foto: Divulgação/Ufal)[/caption] E apesar dos óbitos se manterem numa tendência de queda, os pesquisadores avaliam que o avanço da doença pode mudar os números de mortes, já que a média móvel de novos casos também precisa ser decrescente.  “Considerando que as evidências de controle são verificadas a partir de um período mínimo de quatorze dias de queda nos números de casos e óbitos, entendemos que, ao final da 48ª SE, Alagoas apresenta sinais de descontrole da transmissão do novo Coronavírus, que poderá causar expansão de novos casos e óbitos por todo o Estado caso não haja uma reversão desse cenário”, explica o relatório. Mesmo com as crescentes notificações e atendimentos nos hospitais, a ocupação dos leitos com respiradores, incluindo UTI, não variou muito ao longo da última semana, seguindo uma média de 36%. A redução na oferta dos leitos ainda não afetou o atendimento, aponta o Observatório. Mas, a preocupação é com a evolução do Número Reprodutivo Efetivo (??), que desde o início da pandemia atingiu seu mínimo em 16 de outubro, quando o Rt foi de 0,60,e no dia 29 de novembro chegou a 1,22. Quando o número é maior que 1 já indica aumento na transmissão.