Cidades

Ação civil pública vai pedir bloqueio de bens da Veleiro

Empresa de transporte pode ter sua licitação cassada

Por Ana Paula Omena com Tribuna Independente 19/08/2020 08h26
Ação civil pública vai pedir bloqueio de bens da Veleiro
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma Ação Civil Pública será impetrada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT/AL), Adir de Abreu, nesta quarta-feira (20), pedindo o bloqueio dos bens da Viação Veleiro, em Maceió, como garantia de indenização trabalhista de 390 funcionários da empresa. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) também tomará uma decisão enérgica junto com o MPT e Ministério Público (MP) no sentido de oferecer um parecer pedindo a caducidade da Veleiro. “Esta semana será de espera e o momento não é de paralisação das atividades, mas se nada acontecer, os trabalhadores vão fazer greve. Precisamos definir a situação o mais breve possível porque os rodoviários não aguentam mais tanto descaso da Veleiro”, ressaltou presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Alagoas (Sinttro/AL), Hernandes José dos Santos. De acordo com ele, as empresas que operam no transporte público de Maceió pode absorver os funcionários da Veleiro. “A SMTT já sinalizou que isso pode acontecer, tanto as linhas da Veleiro quanto os trabalhadores podem ser absorvidos por outras empresas do sistema, e inclusive consta no contrato de licitação, caso haja essa necessidade de remoção”, declarou. Hernandes José assegurou que a procuradora do MPT Adir de Abreu, que participou da audiência, vai entrar nesta quarta-feira (20) com uma Ação Civil Pública. Disse ainda que a desembargadora do TRT Anne Helena Inojosa salientou que a empresa Veleiro não tenha mais condições de operar na cidade de Maceió e a Prefeitura Municipal deve cassar a permissão da mesma, distribuindo as linhas e as outras empresas que forem operar absorver os trabalhadores. “Mais uma vez nenhum representante da Veleiro apareceu na audiência. Não tem justificativa”, disse ele. “Existem empresas de transporte pelo Brasil a fora que estão demitindo por conta da redução do número de passageiros devido à pandemia. Todas podem demitir, mas o problema da Veleiro é que demite, mas não paga os direitos, ninguém recebeu um centavo, além dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que deixaram de ser recolhidos há cinco anos e nem as contribuições previdenciárias”, frisou o sindicato que representa os trabalhadores. O sindicalista afirmou também que houve demissões por justa causa de forma ilegal. “A informação repassada pelos trabalhadores é de que a empresa mandou procurar o estado e o município para resolver que não cabe na situação deles porque voltaram a operar em Maceió e Rio Largo, não pararam 100%”, destacou.