Cidades

CPT e Adveniat distribuem 414 cestas de alimentos em Alagoas nesta segunda-feira

Por Ascom CPT/AL 21/06/2020 11h51
CPT e Adveniat distribuem 414 cestas de alimentos em Alagoas nesta segunda-feira
Reprodução - Foto: Assessoria
Nesta segunda-feira (22), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Regional Nordeste II (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) vai realizar uma campanha em celebração aos 45 anos da Pastoral com solidariedade e partilha de alimentos. Em Alagoas, as comunidades camponesas acompanhadas pela CPT irão doar 100 cestas de alimentos recolhidos de suas roças para famílias que vivem no bairro de Jacintinho, na periferia de Maceió. A ação será realizada em parceria com a Paróquia Imaculada Conceição. "A CPT historicamente mantém uma aproximação com o sindicalismo e com todos os setores da classe trabalhadora, especialmente aqueles mais empobrecidos. Se um dia recebe doação; no outro, doa", afirmou Carlos Lima, coordenador da CPT em Alagoas. Além das cestas em Maceió, também haverá distribuição de cestas básicas com alimentos e material de higiene, recurso da Adveniat, entidade alemã ligada à Igreja Católica. Serão doadas 150 em Belo Monte, 40 em Jacuípe, 20 para o povo de Rua e 222 para acampamentos. Na semana passada, as famílias dos acampamentos Mumbuca, Domingas e Padre André receberam a doação de cestas de higiene doadas pelo Sintietfal – Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas. Os acampamentos são situados, respectivamente, nos municípios de Murici, União dos Palmares e Porto de Pedras. Juntos, diretores do sindicato e agentes da CPT distribuíram 75 cestas. O acampamento Mumbuca recebeu 40 unidades; Domingas, 20; e Padre André, 15. Cada kit continha cinco litros de água sanitária, um litro de álcool em gel, um litro de álcool líquido 70%, um pacote de sabão em pedra e três máscaras. Esse foi o terceiro mês seguido que o Sintietfal realiza ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19 para ajudar quem está em situação de vulnerabilidade. A chamada “ajuda humanitária” do sindicato já contabiliza R$60.000, sendo R$20.000 por mês. Segundo Fabiano Duarte, dirigente sindical, a primeira ajuda, em abril, foi destinada às vítimas das enchentes em Santana do Ipanema, famílias sem-teto acompanhadas pelo MTST e a Cooperativa de Catadores da Vila Emater; em maio, foram beneficiados acampamentos do MST no agreste do estado, o Cedim (Centro de Defedesa dos Direitos da Mulher) e uma cooperativa de reciclagem; já neste mês de junho, foi decidido repartir a ajuda entre o Movimento de População de Rua; as famílias camponesas acampadas acompanhadas pela CPT; e, mais uma vez, MTST e desabrigados de Santana do Ipanema. “A gente sabe que essa ajuda não resolve o problema, mas é uma ajuda humanitária que o sindicato definiu – inclusive, o debate que fizemos é que iríamos destinar todo o recurso normalmente gasto com atividades de congressos e confraternizações, seria concentrado para isso”, explicou o professor sindicalista. Fabiano contou que o Sintietfal conhece o trabalho da CPT, reconhece a importância da sua luta na questão da terra e considera a unidade com as organizações sociais do campo muito importante. “Nós estamos nessa batalha para fortalecer a luta pela reforma agrária e essa unidade dos trabalhadores do campo e da cidade”, defendeu. A iniciativa faz parte da política sindical classista para mudar o estado de coisas e de desigualdade do sistema capitalista. Sobre isso, o professor destacou que a CPT sempre está junto ao sindicato em atividades como passeatas e que, particularmente, acompanha de perto o trabalho da instituição e sabe da sua importância. Ele ressaltou: “É bom lembrar que no ano passado, durante as grandes mobilizações da educação, o pessoal do campo sempre esteve presente, a exemplo da CPT, do MST e outros movimentos, como o MTST”.