Cidades

Promotora cobra uso da cloroquina e MPAL diz que membros não podem opinar sobre o assunto

MPAL emitiu nota afirmando que membros da instituição não têm capacidade técnica para opinar sobre o tema

Por Texto: Rívison Batista 20/05/2020 21h02
Promotora cobra uso da cloroquina e MPAL diz que membros não podem opinar sobre o assunto
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) emitiu nota, nesta quarta-feira (20), na qual afirma que “nenhum membro da instituição tem capacidade técnica para opinar sobre o uso de medicamentos que possam agir no combate ao novo coronavírus”. A nota foi emitida após um áudio de aplicativo de mensagens da promotora de Justiça Cecília Carnaúba vir a público. No áudio, a promotora diz que médicos a procuram querendo fazer uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19, porém não conseguem ter acesso ao medicamento. “Inúmeros médicos me procuram diariamente informando que receitam este medicamento a seus pacientes, mas estes não conseguem o remédio, pois não há entrega, contra receita, nem na farmácia pública nem nas unidades de saúde e nem para aquisição na rede privada", postou a promotora em um perfil de rede social. Segundo a postagem feita por Cecília Carnaúba, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, teria entregue 31.500 unidades de cloroquina para Alagoas. Durante a postagem, Cecília Carnaúba questiona “se o protocolo da medicação está sendo cumprido” e se “o medicamento está sendo disponibilizado aos médicos que decidem tratar seus pacientes de acordo com o protocolo”. Na nota do Ministério Público assinada pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, foi destacada a força-tarefa criada pelo MPAL para fiscalizar o combate à Covid-19: “O Ministério Público de Alagoas tem orientado o Estado e os municípios a seguirem os protocolos desenvolvidos pela comunidade científica para o combate à Covid-19". A nota informativa do MPAL finaliza afirmando que a promotora de Justiça Cecília Carnaúba se encontra afastada de suas funções para participar de curso no exterior, “não podendo, por tal razão, pronunciar-se como se estivesse no exercício do cargo”.