Cidades

VLT será suspenso no bairro do Mutange

Decisão vale a partir de 1 de abril e ocorre porque é a região que sofre afundamento do solo de forma mais crítica

Por Texto: Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 28/03/2020 08h58
VLT será suspenso no bairro do Mutange
Reprodução - Foto: Assessoria
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) anunciou na noite da sexta-feira (27) que irá suspender as atividades do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre o cruzamento da Ladeira do Calmon em Bebedouro, e o cruzamento do Mutange a partir de abril. A medida atende recomendação da Prefeitura de Maceió que durante a semana determinou a interrupção do fluxo de veículos na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro e a suspensão do trajeto do VLT na região que sofre afundamento de forma mais crítica. O afundamento de solo atinge os bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. “A Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, empresa cuja missão é transportar o povo brasileiro com responsabilidade social, vem informar aos usuários e a sociedade alagoana, que o tráfego de trem e VLT no trecho ferroviário compreendido entre o cruzamento da Ladeira do Calmon (Bebedouro) e o cruzamento do Mutange será suspenso a partir de 1.4.2020 por recomendação da Prefeitura Municipal de Maceió e da Defesa Civil”, afirmou a CBTU em nota. Apesar da decisão, ainda não há detalhes de como o serviço vai funcionar com a paralisação de um dos trechos. “Informamos que a CBTU está buscando junto à Empresa Braskem e a SMTT medidas mitigadoras para complementar a viagem dos nossos usuários com a integração trem/ônibus/trem sem nenhum custo extra para os usuários. Reafirmamos que os motivos que levam à suspensão daquele trecho é alheio a CBTU, mas mantemos o nosso compromisso com os usuários assegurando as viagens em dois ramais - Lourenço de Albuquerque a Bebedouro, outro de Jaraguá ao Bom Parto. Assim, seguiremos trabalhando em todas as esferas para que os órgãos envolvidos adotem as medidas necessárias em prol da população”, afirma a CBTU. Conforme apurou a reportagem da Tribuna Independente a intenção é criar um sistema em que os passageiros desembarcariam na estação de Bebedouro e seriam conduzidos por ônibus até a estação localizada no Centro da capital. Os custos das operações estariam sendo definidos junto à Braskem. Procurada pela reportagem, a Braskem se limitou a dizer que segue acompanhando as tratativas envolvendo a suspensão do trecho do VLT. Mas não explicou como o processo deve ocorrer. “As tratativas e reuniões com a CBTU e demais autoridades responsáveis estão em andamento e a Braskem está alinhada com as informações divulgadas hoje [ontem] pela CBTU. A prioridade da Braskem é promover condições de segurança à população das áreas de desocupação, seja através do Programa de Apoio à Realocação e Compensação Financeira; seja no entendimento das causas do fenômeno geológico que vem atingindo a região e seu monitoramento permanente”, destacou a empresa em nota.