Cidades

Jardim Acácia: 4 blocos devem ser demolidos em março

Expectativa é de que outros passem pelo mesmo procedimento; moradores informam que cronograma foi apresentado a eles

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 21/02/2020 09h58
Jardim Acácia: 4 blocos devem ser demolidos em março
Reprodução - Foto: Assessoria
Quatro blocos do Jardim Acácia, no bairro do Pinheiro vão ser demolidos a partir de março. A informação foi divulgada por moradores após reunião com a Braskem S/A. Apesar de a empresa não confirmar oficialmente, moradores relataram à Tribuna Independente que um cronograma foi apresentado. Os trabalhos devem começar hoje (21) com isolamento da área e a partir do dia 4 de março o bloco 8 deve ser demolido. As demolições devem durar seis semanas, o bloco 8 e 15 receberam prioridade, porque estão em condições mais graves. O coordenador do Núcleo de Defesa Civil do Jardim Acácia, Márcio da Rocha, explica que em sequência outros dois blocos, o 7 e 9 serão demolidos. Há a expectativa de que outros blocos também sejam demolidos. “A priori serão quatro blocos, o bloco 7, 8, 9 e o 15 que vão ser demolidos. Eles passaram a trajetória como vai ser, o bloco 15 será o primeiro, o 8 depois o 7 e finaliza no 9. Posteriormente serão feitas visitas porque deve entrar o bloco 14 e um outro bloco que não posso confirmar. Aí já vai ser dada prioridade a essas pessoas para que sejam chamadas e comece o processo de indenização, mas os valores ainda não foram definidos. Eu solicitei mas eles não repassaram. Até porque cada caso é um caso, se o apartamento tiver melhorias, danos morais, tudo isso não vai ser igual”, diz o coordenador. O risco, segundo Márcio Rocha, é de desabamento dos prédios a qualquer momento, por isso a necessidade da demolição. “É uma exigência, eu mesmo vinha fazendo essa exigência. O risco agora é que as pessoas estão entrando para roubar, outras para matar a saudade e antes que aconteça alguma tragédia é melhor demolir, porque está para cair. Os blocos 8 e 15 estão em estado muito grave, não sei como ainda não caíram”, diz. Outro representante dos moradores do bairro, Joelinton Barbosa explica que, de acordo com as informações passadas em reunião, a Braskem será responsável pela demolição. “Quem vai fazer a demolição é o corpo de engenharia da Braskem. Eles já começam a partir do dia 3 de março, eles têm a data de demolição de cada bloco. Houve muito questionamento na reunião sobre valores, porque eles não passaram valores para os moradores e a questão da avaliação, porque os prédios vão ser demolidos e eles ainda não fizeram isso aí. Eles não resolveram nada na prática. Eles avisaram que vão demolir. Mesmo porque os prédios estão numa questão de tempo, ou faz a demolição planejada ou eles vão cair. A diferença é que ele caindo gera comoção e mídia negativa para a empresa e é isso justamente que eles não querem. O problema é que o prédio está numa situação tão crítica que nem a gente pode dizer que eles não vão demolir. E se matar alguém?”, aponta. Procurada, a petroquímica se limitou a dizer que as informações sobre a demolição são de responsabilidade da Defesa Civil de Maceió conforme previsto no acordo de cooperação técnica com a Prefeitura. Até o fechamento desta edição, a Defesa Civil de Maceió não havia emitido posicionamento sobre o assunto.