Cidades

Transporte náutico vira problema em Maragogi

Por Claudio Bulgarelli com Tribuna Independente 29/01/2020 09h10
Transporte náutico vira problema em Maragogi
Reprodução - Foto: Assessoria
A alta temporada no Litoral Norte de Alagoas, com suas cidades balneários e praias paradisíacas, que se tornaram alvo de milhares de turistas nos últimos anos, traz também uma longa lista de problemas: a falta de água, os esgotos a céu aberto e as quedas de energia elétrica já se tornaram um problema comum em toda a região nessa época do ano. Este verão, no entanto, mais dois problemas foram acrescentados à lista, sobretudo em Maragogi, principal destino turístico da Costa dos Corais. O excesso de carros em circulação pelas vias urbanas da cidade chegou ao seu limite, obrigando a prefeitura a usar um espaço de eventos para fazer um estacionamento. E desde o final do ano o transporte náutico também se tornou um sério problema de logística. O aumento do número de turistas e consequentemente o aumento pela procura dos famosos passeios às piscinas naturais, em Maragogi conhecidas como Galés, leva naturalmente ao aumento de embarcações no mar, seja lancha, catamarã ou jangadas motorizadas, todas elas realizando passeios comerciais às piscinas naturais ou passeios de orla. Essa última modalidade nasceu para os dias em que as piscinas estão fechadas para visitação. E como os turistas chegam em grande número todos os dias, sobretudo através de ônibus de turismo receptivo de Maceió, a situação tem tomado proporções que está fugindo do controle. É que a cada nova área de visitação aberta, como a última, a piscina de Barretinha, regularizada em outubro do ano passado para exploração de passeios turísticos, inclusive recebendo o titulo de Unidade de Conservação Municipal de Área Relevante Interesse Ecológico Barretinha, cresce o número de embarcações. O problema é o mesmo dos carros, já que a maioria das pousadas não possui estacionamento para seus clientes. No segundo caso os donos de embarcações também não guardam suas embarcações numa marina, e a maioria as deixa no mar mesmo. O que se vê em quase todas as praias da cidade, de São Bento a Peroba, passando pela orla urbana, onde fica a maior concentração, são dezenas de embarcações que permanecem no mar, muitas delas na praia, algumas até em cima de área de restinga. Acidentes ocorrem com embarcações e banhistas   Assim, pequenos acidentes vão acontecendo, envolvendo embarcações e banhistas. No final do ano, por exemplo, uma lancha carregando turistas, bateu em alguns banhistas a menos de dez metros da costa. Ninguém ficou ferido, mas o susto foi grande. Caso semelhante aconteceu duas semanas atrás, na Praia de Barra Grande, a sensação do verão deste ano, quando um catamarã se aproximou demais dos banhistas e quase provocou um acidente. Muitos moradores e até turistas postam nas redes sociais que os lancheiros não estão cumprindo as normas de segurança de navegação. Nas postagens as pessoas pedem que a Capitania dos Portos e a Prefeitura de Maragogi fiscalizem e ordenem o fluxo de barcos na orla da praia. As normas determinam que não se pode navegar a menos de 200 metros da orla da praia. E para atracar é preciso navegar perpendicularmente à orla, com velocidade máxima de 3 nós (5,5km/h) e jamais ultrapassar a distância mínima de 50 metros. Só é permitido desembarcar em praias com raias de marcação, sempre respeitando a velocidade máxima de 3 nós e algumas áreas podem conter limites específicos de velocidade, por isso também é importante sempre ficar atento às sinalizações locais. Os equipamentos obrigatórios para embarcações são: coletes salva-vidas (em quantidade superior ou igual ao número de pessoas dentro da embarcação), boia circular e extintor de incêndio. Por fim embarcações que usam apenas os remos também possuem uma distância limite da orla da praia, que é de 100 metros.