Cidades

Volta às aulas é marcada por expectativa

Em algumas escolas, ano letivo já começou e alunos precisam passar por adaptações na rotina, agora com muitos compromissos

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 28/01/2020 08h45
Volta às aulas é marcada por expectativa
Reprodução - Foto: Assessoria
Para muitos alunos, o ano letivo de 2020 teve início esta semana e a rotina de férias passa pela transição que envolve ansiedade e muitas expectativas. Seja pelo retorno às aulas, seja pelo início numa escola nova, a verdade é que os pequenos, os pais e as escolas o momento requer atenção. Psicóloga de uma escola particular da capital, Ana Paula Sarmento explica que o início do ano letivo exige um período de dedicação maior porque a rotina da criança passa de uma fase sem tantos compromissos para um com outras exigências. “Na verdade é um momento de reencontro e largar uma rotina que eles criaram no período de férias, livre de compromissos e aí eles retomam com aquela expectativa de reencontrar o amigo, de reencontrar a turma, de pegar os assuntos, ver que tem de novo. Há expectativa também dos pais, para saber como vai ser esse retorno, essa readaptação. Se acompanha os horários”. Para Caio Matheus de 10 anos o retorno à escola superou suas expectativas. O menino faz o 5º ano do ensino fundamental e conta que vinha imaginando que a escola prepararia alguma atividade para os alunos. No entanto, ao se deparar com uma recepção com direito a festa e música ele diz que foi “melhor do que imaginava”. “Eu esperei muito ansioso e gostei muito da volta às aulas. Eu imaginei que eles estariam preparando algo especial e fiquei surpreso. Eles organizaram uma festa para a gente com DJ, pipoca e algodão doce. Eu não esperava. Foi muito legal reencontrar meus amigos, mas eu também conheci amigos novos”, lembra. Já para Marília Moura, de 9 anos, a melhor parte do retorno à escola foi reencontrar os amigos. “Foi bem legal, achei mais legal que ano passado. Eu estava pensando como seria, estava ansiosa para voltar, na minha sala chegaram poucas pessoas novas, a maioria já era meu amigo. Gostei muito das professoras, de Português e Matemática”, conta a menina. Cristina Pierre é mãe de dois meninos, João Vitor, de 10 anos, e Osnir Rafael, de 15. Ela conta que precisou lidar com um misto de ansiedade e dificuldade. “Ele estava muito animado para voltar, mas ao mesmo tempo acomodado com as férias, com jogos, tanto é que as aulas começaram semana passada e ele ficava dizendo que queria esperar um pouco, que os amigos só iam na outra semana [risos]. Eu tenho dois, um no 1º ano e outro no 5º do fundamental e acabou sendo mais difícil”, diz.