Cidades

Reunião entre força-tarefa da Ufal e Governo busca soluções para derrame de óleo

Reitora afirmou que reunião serviu para captar recursos para pesquisas

Por Reportagem: Rívison Batista 04/11/2019 21h30
Reunião entre força-tarefa da Ufal e Governo busca soluções para derrame de óleo
Reprodução - Foto: Assessoria

Na tarde desta segunda-feira (4), uma reunião entre representantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Governo do Estado debateu sobre possíveis soluções para as manchas de óleo que aparecem no litoral nordestino, inclusive no litoral alagoano também. Na reunião, estavam presentes pesquisadores de diversas áreas acadêmicas que formam a força-tarefa da Universidade. Além da reitora da Ufal, Valéria Correia, professores de cursos relacionados à biologia, química, engenharia, entre outros, participaram do diálogo.

A reitora falou com a reportagem da Tribuna e explicou que o grupo da força-tarefa foi formado na própria Universidade Federal de Alagoas. “Temos pesquisadores de engenharia de pesca, química, ciências agrárias, centros de tecnologia, enfim, todos os professores que têm pesquisas na área foram convidados para que a gente tenha essa força-tarefa, porque, afinal, a Ufal quer atender a sociedade. É mais para que a gente unifique as pesquisas, as demandas. Fizemos uma interação com o Governo do Estado, representado aqui pelo diretor-presidente da Fapeal [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas], Fábio Guedes, e pelo secretário-executivo da Semarh [Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos], Alex Gama”, afirmou a reitora.

Valéria Correia também declarou que as pesquisas que estão sendo desenvolvidas sobre a situação do óleo no litoral alagoano precisam de recursos. “Aqui, nós mostramos para os representantes dos órgãos do Governo e para a imprensa o nosso potencial, o que nós já estamos fazendo, e estamos buscando financiamento para essas pesquisas”, disse a reitora, que também afirmou que já há uma elaboração de um projeto que une todas as áreas do conhecimento e que será de médio a longo prazo sobre a questão do derrame de óleo.

Responsabilidade social

O professor Cláudio Sampaio, da unidade da Ufal em Penedo, destacou que as ações da Universidade sobre o derrame de óleo vêm ocorrendo há dois meses. “A criação da força-tarefa, com mais de 20 professores de várias áreas do conhecimento, mostra a responsabilidade social de uma universidade pública, principalmente a Ufal. A formação dessa força-tarefa vem atender várias perguntas da sociedade. Acho que daqui a um tempo nós começamos a responder algumas, como qual é o impacto ambiental e social na região”, afirmou.

“Estamos nos unindo em várias frentes, unindo forças. Solicitamos ao Governo recursos em ordem emergencial para desenvolvermos essas análises. Por exemplo: hoje, peixe está contaminado? Precisamos dar essa e outras respostas à sociedade”, disse o professor de engenharia química, João Inácio Soletti.

Já a professora Marília Goulart, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, afirmou que o problema do derramamento de óleo é uma tragédia. “É um problema muito complexo e inédito. Portanto, para resolvê-lo e amenizá-lo é preciso que muitos contribuam. A parte química, a parte biológica, a parte social, a parte econômica, a parte antropológica, além dos estudos em termo de tempo. Então, não será só nessa geração. As outras gerações também podem sentir a repercussão desse desastre”, afirmou.