Cidades

Prefeitura já recebeu R$ 29,7 milhões para áreas atingidas

Valor corresponde a repasses feitos pelo Governo Federal para resposta aos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 01/10/2019 09h38
Prefeitura já recebeu R$ 29,7 milhões  para áreas atingidas
Reprodução - Foto: Assessoria
Desde o início do ano o Ministério do Desenvolvimento Regional repassou R$ 29,7 milhões à Prefeitura de Maceió para ações de resposta a situação de desastre nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) destinou, desde janeiro deste ano, R$ 29,7 milhões para ações de resposta nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Nesta segunda-feira (23), por exemplo, foram repassados mais R$ 8,3 milhões ao município”, informou o Ministério. Considerando a atualização da situação, com a inclusão do bairro do Bom Parto na situação e calamidade pública a expectativa é de mais recursos sejam solicitados. De acordo com a Defesa Civil Nacional, outro repasse já aprovado, desta vez de R$ 5,7 milhões, aguarda a confecção de lista da Defesa Civil Municipal para liberação. “Além disso, há outros R$ 5,7 milhões já aprovados para serem utilizados no atendimento às famílias atingidas nessas localidades. O montante será disponibilizado à cidade de Maceió de acordo com a atualização da lista de beneficiários, produzida pela Prefeitura local”, pontuou a Defesa Civil Nacional. A Prefeitura de Maceió informou que o repasse de R$ 8,3 milhões encaminhados à Defesa Civil Municipal integram o montante solicitado no início do ano para a remoção das famílias. Ao todo, segundo a Prefeitura, o pedido foi na ordem de $ 21 milhões. “Os valores liberados fazem parte da solicitação de R$ 21 milhões para realocação dos moradores das áreas previstas no Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias e serão utilizados para este fim” Sobre a necessidade de mais recursos, a Prefeitura explicou que uma nova solicitação será feita para atender famílias que precisam da ajuda humanitária. “Os recursos na ordem de R$ 21 milhões atendem às demandas de realocação do Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias. A inclusão de novas famílias na Ajuda Humanitária do Governo Federal será feita em nova solicitação”. Líderes comunitários cobram mais ações e transparência Para as lideranças comunitária das regiões afetada é preciso “mais ações”. Apesar da liberação dos valores, a efetividade das respostas ainda é um ponto comum. Segundo a liderança do bairro de Bebedouro, Waliston Silva, as comunidades seguem aguardando as ações. “Bebedouro e Mutange até agora não foram contemplados com nenhum valor desses recursos. Nem Mutange, nem Bebedouro tiveram acesso a isso. Os moradores desses dois bairros aguardam que esses recursos possam ser usados nas comunidades. Diariamente nós como lideranças somos cobrados pelos moradores que querem as ações nas comunidades, que querem providências sendo tomadas”, afirmou. Opinião compartilhada pelo presidente da Associação dos Moradores do Mutange, Arnaldo Manoel. “Nós aqui do Mutange e Bebedouro ainda não recebemos valor nenhum para ajuda ou deslocamento das famílias”, resumiu. O coordenador do movimento SOS Pinheiro, Geraldo Vasconcelos cobrou o que ele classifica como “transparência” na lista de beneficiários e emprego dos recursos. “Notadamente, o sistema de comunicação continua propiciando esses desencontros de informações parecem até proposital, para que a população não tenha acesso aos valores corretos e não façam as contas. Cabe à Defesa Civil apresentar os números de forma consistente, afinal esses recursos estão sendo empregados por ela. Também se faz necessário a plena transparência de quais moradores recebem esses valores, apresentando uma lista que além do nome do beneficiário conste o endereço, CPF e a área de risco onde se localiza o imóvel. O Movimento SOS Pinheiro não está conseguindo ter acesso a essa lista analítica (completa), portanto estamos impossibilitados de exercer nosso direito à fiscalização social desses recursos públicos”, disse o morador.