Cidades

Número total de advogados no Agreste de Alagoas cresce 60%

Arapiraca conta aproximadamente com 800 profissionais associados à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil

Por Davi Salsa com Tribuna Independente 20/07/2019 08h03
Número total de advogados no Agreste de Alagoas cresce 60%
Reprodução - Foto: Assessoria
Nos últimos anos, o número de advogados tem crescido em escala significativa em municípios do Agreste. Com mais de 230 mil habitantes, a segunda maior cidade de Alagoas conta aproximadamente com 800 profissionais associados à Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A subseção abrange mais nove cidades da região. Para se ter uma ideia do número crescente de advogados, no ano de 2015, a eleição para presidência da subseção registrou 356 votantes. Hector Martins foi eleito com 191 contra 165 da chapa adversária. Só compareceram às urnas, os associados adimplentes com a OAB, mas as estimativas apontavam um número aproximado de 500 advogados filiados à instituição. Três anos depois, em 2018, Martins foi reeleito com 296 votos. A chapa opositora, encabeçada pela advogada Márcia Acioly teve 248 votos, contabilizando 541 eleitores de um total estimado de 800 associados. Com isso, o levantamento mostra um aumento no número de advogados da ordem de 60%, nos últimos três anos, em Arapiraca. POLO EDUCACIONAL O presidente da Seccional da OAB em Arapiraca, Hector Martins, afirma que o motivo principal desse crescimento deve ser creditado, sobretudo, após a cidade se tornar um polo educacional, com várias faculdades que oferecem graduação para o curso de Direito. “Assim como em todas as profissões, sempre haverá espaço para quem é bom; quem é qualificado; quem é atualizado e quem busca fazer a diferença. Com o acesso à informação, à população passou a demandar ainda mais no Judiciário e, nesse contexto positivo, o advogado é a peça-chave para garantir os direitos do cidadão e o cumprimento da lei”, salienta Martins. Ele esclarece que Arapiraca conta, hoje, com três faculdades privadas e uma pública que ofertam curso de Direito. Todas as instituições tiveram aval do MEC para o seu funcionamento. A OAB, por meio do Conselho Federal, emite parecer de caráter opinativo, cabendo ao próprio MEC a decisão sobre credenciamento e reconhecimento das instituições. “É bom ressaltar que a faculdade não é de ‘advocacia’. Ao término do curso, o bacharel pode escolher diversas carreiras jurídicas, sendo uma delas a advocacia”, explica Martins, frisando que a OAB tem sua força porque é formada por um grande número de profissionais eficientes, comprometidos e cientes de sua responsabilidade social. OAB ARAPIRACA A crescente procura pelo curso de Direito, na segunda maior cidade do estado, tem um motivo especial: um arapiraquense preside a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas. O advogado Nivaldo Barbosa Júnior foi eleito, em 2018, presidente da instituição para o triênio 2019/2021 com 3.240 votos. No estado, mais de oito mil associados em dia com suas obrigações foram às urnas. Os dados publicados no site da OAB nacional apontam que 11.453 mil advogados estão inscritos oficialmente em Alagoas No Brasil, cerca de 1,1 milhão estão inscritos na Ordem. As mulheres são a maioria com 568.123 advogadas. Já os homens são 540.087. No país há 1.210 cursos de Direito com aproximadamente 900 mil estudantes. O relatório também mostra que o país ganha 177 advogados por dia. PEC AMEAÇA A Ordem dos Advogados do Brasil publicou, na última terça-feira (16), uma nota contra a PEC 108. Segundo a OAB, a proposta de emenda constitucional desobriga a inscrição em conselhos profissionais e, segundo a Ordem, significa um “ataque a mecanismos que protegem o cidadão”. A diretoria do Conselho Federal e o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB indicam que a proposta do ministro da Economia Paulo Guedes silencia as entidades e cala a advocacia. A proposta foi enviada à Câmara dos Deputados, no início deste mês de julho. A OAB afirma que a PEC foi apresentada sem qualquer debate com os conselhos ou outros setores da sociedade. Para a entidade máxima de representação dos advogados e que regulamenta o exercício da profissão no País, a proposta ceifa um dos mais importantes instrumentos de defesa da sociedade na fiscalização profissional.