Cidades

Fórum Popular da Ufal debate situação no Pinheiro

Geóloga apresentou a avaliação no grupo de trabalho do Fórum. Regla explica que participou como consultora nos estudos do Serviço Geológico do Brasil e sintetizou o tema

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 06/07/2019 12h28
Fórum Popular da Ufal debate situação no Pinheiro
Reprodução - Foto: Assessoria
O Fórum Popular da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) discutiu os impactos socioambientais da crise instalada nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. A doutora e geóloga Regla Massahud falou sobre o assunto. A geóloga apresentou a avaliação no grupo de trabalho do Fórum. Regla explica que participou como consultora nos estudos do Serviço Geológico do Brasil e sintetizou o tema. “O que eu apresento aqui na verdade são os resultados. Eu vou apresentar um pouco os resultados que o Serviço Geológico emitiu como relatório das causas da subsidência no bairro do Pinheiro. Eu tive a honra de participar como colaboradora deste trabalho a convite dos pesquisadores, especificamente da geóloga Adelaide. O que eu vou apresentar é mais a parte que eu participei, como alguns dados de Raio X, tipos de solo de lá da região, basicamente isso”, destaca. Soluções para a problemática segundo a avaliação da professora partem do sistema de Proteção e Defesa Civil. “Eu penso que qualquer trabalho, qualquer proposta para recuperar uma área, um acidente de modo geral, precisa de uma equipe multidisciplinar. No caso, a Defesa Civil Municipal, do Estado e Nação, devem ter elementos de como proceder, acredito que eles já tenham os dados, plano de contingência, questão social, pagamento de indenizações, que já é outro ramo do que fazer agora. Mas com certeza a Defesa Civil já tem o que deve ser feito, nós pesquisadores não temos muito a ser feito. O que fazer agora é Ministério da Integração Nacional e Defesa Civil”, pontua. Durante a apresentação, a geóloga disse ainda que durante quatro anos morou no bairro do Pinheiro e acompanhou o período entre o tremor e as primeiras evacuações. Segundo ela, devido a seu conhecimento e experiência, inicialmente suspeitou de duas hipóteses: as falhas geológicas e exploração em grandes volumes de água. No entanto, ela afirma que jamais suspeitou que a atividade de mineração estivesse associada. “Quando houve o tremor eu estava em casa, e devido a algumas parcerias anteriores com a Defesa Civil Municipal, eles me ligaram e perguntaram o que poderia ser. Me explicaram que o tremor havia sido sentido em alguns bairros, inclusive na cidade de Satuba. Então perguntaram o que eu achava que podia ser, e expliquei que seria difícil determinar, mas que de acordo com meu conhecimento, poderia ser algo ligado a falhas geológicas ou uma retirada ou inserção de água em grandes volumes, que neste caso, pode impactar na camada de rochas, haver um desequilíbrio momentâneo.