Cidades

Braskem fala sobre solidariedade com moradores e problemas de análise com sonar

Cerqueira disse que é necessária uma solução para as pessoas voltarem a suas casas

Por Rívison Batista com Tribuna Independente 09/05/2019 09h17
Braskem fala sobre solidariedade com moradores e problemas de análise com sonar
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma coletiva de imprensa com o vice-presidente da Braskem, Marcelo Cerqueira, aconteceu no início da noite desta quarta-feira (8) no Hotel Jatiúca, na orla de Maceió, com o objetivo de justificar à sociedade alagoana o laudo técnico da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM – Serviço Geológico do Brasil) que apontou que a causa da instabilidade no solo nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro é a extração de sal-gema. “A gente tem empresas internacionais que estão nos apoiando. Neste momento, estamos com uma equipe técnica de especialistas analisando esse relatório, que é extenso, tem uma série de anexos e vai levar algum tempo para a gente entender”, afirmou. O vice-presidente da empresa afirmou à imprensa que relatórios de todos os poços que operam na região do Pinheiro e das proximidades foram entregues a CPRM, porém houve um problema com a verificação dos poços por meio de sonar. De acordo com Cerqueira, apenas nove poços (dos 35 que existem na região do Pinheiro) foram analisados por sonares. Segundo o vice-presidente, os nove poços analisados estão estáveis. “O nosso acordo com o CPRM foi apresentar o resultado dos sonares, mas existe a hipótese de ter acontecido uma falha diagonal por causa do abalo sísmico [no ano passado] que fez com que uma massa se deslocasse e provocou empenamento dos dutos. Como é feito o procedimento com o sonar? O sonar passa pelos dutos e, quando foi passado, em determinada altura, não conseguiu continuar. Estamos trabalhando dia e noite para acessar o restante dos poços e termos o resultado total do sonar. Após essa análise completa, teremos mais um item para compor o que pode ser a causa dos problemas da região”, disse. À imprensa, Marcelo Cerqueira disse que é necessária uma solução para as pessoas voltarem a suas casas, porém “é preciso que se tenha uma identificação consistente da causa final do problema”. O vice-presidente declarou que a principal preocupação da Braskem, no momento, é estudar todo relatório da CPRM e, se possível, ajudar com alguma troca de conhecimentos. “Hoje, não foi apresentada nenhuma solução”, disse. Ele também afirmou que uma possível resposta para a CPRM vai depender da equipe que está analisando o relatório, não existindo um prazo. A Braskem emitiu nota à imprensa nesta quarta sobre a situação. Confira, abaixo, a nota na íntegra: Nota à Imprensa A Braskem vem a público externar sua solidariedade a todas as famílias atingidas pelos eventos do bairro do Pinheiro, em Maceió. A empresa reafirma que continuará com as ações emergenciais que já executa no bairro, o que inclui a inspeção dos sistemas subterrâneos de drenagem, a instalação de estação meteorológica e de equipamentos de GPS de alta precisão para detecção da movimentação do solo, entre outras medidas, a fim de evitar o agravamento dos problemas no bairro frente ao ciclo chuvoso e com vistas a proteger a segurança das pessoas.   A empresa tomou conhecimento com a sociedade alagoana do laudo divulgado na manhã de hoje (08/05) pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e analisará os resultados apresentados frente aos dados coletados por geólogos e especialistas independentes. Desde o início do agravamento das rachaduras e fissuras no bairro, em março de 2018, a Braskem vem colaborando com as autoridades na identificação das causas e informando com transparência e responsabilidade os estudos realizados por empresas de renome internacional. A Braskem tem compromisso com a segurança das pessoas, tanto de seus integrantes quanto das comunidades em que atua, e analisará juntamente com as autoridades a melhor orientação sobre suas operações locais. A empresa possui laços com Alagoas há mais de quatro décadas e mantém seu compromisso inegociável com a sociedade alagoana.