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Alagoas registra 2.164 ataques de animais peçonhentos

Dados de janeiro a 20 de março deste ano apresentam queda comparados ao mesmo período de 2018, que registrou 2.527

Por Lucas França com Tribuna Independente 29/03/2019 08h30
Alagoas registra 2.164 ataques de animais peçonhentos
Reprodução - Foto: Assessoria
Alagoas registra de janeiro a 20 de março deste ano, 2.164 casos de acidentes com animais peçonhentos segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Em comparação ao mesmo período de 2018 foram 2.527 notificações. Já em todo o ano de 2018 foram 11.720 casos, que representaram um aumento de aproximadamente 11% quando comparados a 2017, quando o registro foi de 10.583 casos de ataques. Os animais considerados peçonhentos de mais importância no estado são os escorpiões, as serpentes, as abelhas, as aranhas e lagartas. Estes dois últimos com menor índice de acidentes notificados. O aumento no número de casos de acidentes com animais peçonhentos acontece com a chegada do Verão. Este aumento está diretamente relacionado aos hábitos dos animais e das pessoas, que neste período acabam se expondo mais aos riscos. Como os animais peçonhentos ficam mais entocados nas outras estações, com o aumento da temperatura no Verão, o calor acelera o metabolismo destes animais e eles saem mais a procura de alimentos tornando assim os acidentes mais comuns nesta época segundo os especialistas. O médico veterinário Isaac Albuquerque, diretor da SOS Selvagens, especialista em animais selvagens e perito em animais peçonhentos, diz que durante todo o ano há registro de ataques deste tipo de animais, porém a incidência maior é realmente no Verão e na primavera. “Tanto na zona rural quanto na zona urbana acontecem acidentes envolvendo os animais e o homem. Mas é mais comum na urbana. Os ataques mais comuns envolvem os escorpiões e aranhas. Mas são considerados peçonhentos todos os animais que possuem órgão inoculador. Ou seja, aqueles que têm uma estrutura que ‘injeta’ o veneno”, comenta o veterinário. Ainda de acordo com Isaac, a maior ocorrência no estado é de ataque de escorpião, da espécie Tityus Stigmurus. A tabela abaixo mostra que em todos os anos os índices de ataques de escorpiões foram maiores que dos outros animais.