Cidades

Eleições do Sindicato dos Comerciários enfrentam dificuldades financeiras

Sob intervenção judicial, instituição está sendo conduzida por Junta Governativa

Por Assessoria 31/01/2019 17h48
Eleições do Sindicato dos Comerciários enfrentam dificuldades financeiras
Reprodução - Foto: Assessoria
A Junta Governativa do Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado de Alagoas (Secea) - composta pelos interventores Jammes Azarias, Diogo Dantas e Moraes Júnior - vem enfrentando dificuldades para realizar as eleições para a diretoria e o conselho fiscal da entidade. O principal deles é a falta de recursos financeiros para iniciar e dar sequência ao processo eleitoral do Secea. Os membros da comissão provisória encontraram o sindicato endividado e com recursos insuficientes para honrar os compromissos da entidade. Entratanto, esperava-se que os valores restantes nas contas da entidade fossem suficientes para cumprir a decisão da Justiça do Trabalho, a qual determinou a realização de novas eleições. Contudo, ações trabalhistas movidas por 14 ex-funcionários do Secea levaram ao sequestro dos recursos e ao bloqueio das contas até o resgate do valor pedido nas causas. Inicialmente a Justiça do Trabalho determinou, liminarmente, o bloqueio de R$ 26 mil. Desse total, foram indisponibilizados cerca de R$ 13 mil que estavam nas contas da entidade e que se destinariam às eleições e à manutenção da sede. Faltam ainda outros R$ 13 mil para completar o valor. Entretanto, há pedidos de bloqueio da ordem de mais R$ 103 mil para serem julgados pela Justiça do Trabalho. Um pedido de bloqueio de R$ 150 mil foi indeferido pelo juízo, mas ainda há outro valor idêntico que pode seguir o mesmo trâmite, bastando que os advogados solicitem os bloqueios. O representante da Junta, Moraes Júnior diz que o sindicato deve estar atento ás demandas do trabalhadores. Para ele, o que for comprovadamente devido deve ser pago, porém ressalta duas preocupações. A primeira é que a falta de recursos compromete outra determinação da própria Justiça do Trabalho, que é a realização das eleições. A segunda preocupação é que o dinheiro é, em primeira instância, dos mais de 50 mil comerciários espalhados por Alagoas. Neste caso, diz o interventor, "é necessário um ajuste entre as demandas dos 14 ex-funcionários do Secea e dos trabalhadores no comércio que precisam manter o seu sindicato vivo".