Cidades

Diretora do HGE é acusada de assédio moral contra enfermeira

Conselho e Sindicato se pronunciaram e estão acompanhando o caso

Por Com assessorias com Tribuna Hoje 30/01/2019 18h30
Diretora do HGE é acusada de assédio moral contra enfermeira
Reprodução - Foto: Assessoria
No final da tarde desta terça-feira, dia 29, a enfermeira, que estava trabalhando na área verde do Hospital Geral do Estado de Alagoas, denunciou a diretora geral da instituição, Marta Celeste de Oliveira Mesquita, por assédio moral. A vítima registrou o Boletim de Ocorrência no Complexo de Delegacias Especializadas – CODE. De acordo com a vítima, a diretora ordenou a retirada das macas do corredor da área verde, porém ao afirmar que estava aguardando o profissional responsável para solucionar a situação, a diretora alterou o tom de voz e expulsou a vítima do local na frente de funcionários, pacientes e acompanhantes. “Ela disse que eu não trabalhava mais no HGE e que iria me devolver para a Secretaria de Estado da Saúde, me humilhou na frente de todos”, relatou. Após o acontecido, a enfermeira encaminhou um documento com o relato assinado por ela e outros profissionais como testemunha para a coordenação da enfermagem. Orientada pelo jurídico do Sindicato de Enfermagem de Alagoas (Sineal), a vítima registrou o caso na delegacia. Representantes Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) acompanharam a vítima. O caso será acompanhado e as providências cabíveis ao Conselho serão tomadas. “O caso será analisado pelo jurídico, mas reiteramos que repudiamos qualquer tipo de violência. O Conselho está prestando todo apoio à vítima e junto ao Sindicato quer fortalecer e defender a imagem da Enfermagem alagoana”, destacou Paulo Guimarães, secretário geral do Conselho, que acompanhou a vítima da delegacia. Por meio de nota, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal) repudiou assédio moral da diretora do Hospital Geral do Estado (HGE), Marta Celeste de Oliveira Mesquita contra a enfermeira Ruger Correia, na noite desta terça-feira (29). “Não vamos admitir que a profissional enfermeira de conduta ilibada que há mais de 15 anos atua no HGE, venha a sofrer qualquer tipo de abuso, intimidação e constrangimento perpetrados pelas relações de poder. Posturas como estas são absolutamente inaceitáveis”, frisou Renilda Barreto, presidente do Sineal. “Tais práticas ferem não apenas a ética das relações, mas o próprio processo de competência na execução de um trabalho exemplar. Estamos vigilantes na defesa dos trabalhadores e buscaremos amparo em todas as esferas, que se fizerem necessárias”, ressaltou. A advogada do Sineal, Cíntia Lopes, esteve na delegacia onde a enfermeira formalizou o Boletim de Ocorrência (BO), e acompanhou o depoimento da profissional. “Estamos dando todo o apoio jurídico para a vítima enfermeira diante dessa agressão moral; inclusive com o depoimento de testemunhas que se comprova o delito. Os filiados devem ter total tranquilidade no seu local de trabalho para desempenhar suas funções”, ressaltou. O Sineal afirmou que os profissionais de enfermagem vem contribuindo para além de suas atribuições, contudo, não cabe ao profissional a responsabilidade de macas em corredores, pois existe pessoal designado para este serviço. Eles também criticaram a falta de condições de trabalho, por ausência de materiais básicos e de urgência/emergência, sobrecarga de trabalho e estrutura física inadequada, o que o sindicato considera gerar no profissional enfermeiro, desestabilidade emocional, provocando não apenas o agravamento de doenças já existentes, como também o surgimento de novas, além da perda da autoconfiança e o interesse pelo trabalho.