Saúde

Ocupação de sem-teto em obra de posto de saúde cobra respostas dos gestores

Manifestantes reivindicam moradia popular e entrega do posto de saúde em obra há 5 anos

Por Emanuelle Vanderlei com Tribuna Hoje 29/01/2019 18h08
Ocupação de sem-teto em obra de posto de saúde cobra respostas dos gestores
Reprodução - Foto: Assessoria
Um grupo de mais de 400 famílias sem teto ocupou, na manhã desta terça-feira (29), a obra do posto de saúde do conjunto Aprígio Vilela. Lideranças do movimento afirmam que só pretendem sair do local caso tenham respostas do Governo do Estado para a pauta de reivindicações. Os principais pontos cobrados por eles são: solução para famílias que estão em situação de coabitação, mas que não conseguem ser cadastradas no programa de moradia, resposta para famílias que estão cadastradas há mais de 3 anos sem avanços, e por fim a entrega do posto de saúde em questão, que desde quando o conjunto foi construído, há mais de 5 anos, é uma obra inacabada. Estão envolvidas a Organização Adonai do Aprígio Vilela e a Associação de Defesa das Mulheres do Conjunto Aprígio Vilela, e a União de Movimentos por Moradia (UMM). “Só vamos sair daqui quando alguém da prefeitura vier conversar, atender a nossa pauta. Queremos negociar”, disse Maria José Alves, da UMM. Sobre a questão das moradias, a assessoria da Sedet enviou a seguinte nota: “A Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) informa que os residenciais a serem construídos pelo Programa Minha Casa Minha Vida serão destinados a um público já definido pelo Governo Federal. Serão priorizadas famílias que habitam em áreas de risco ou insalubres, que tenham ficado desabrigadas ou necessitem serem realocadas.  São consideradas áreas de risco aquelas localizadas em ambientes com erosão; encostas – sujeitas a desabamentos; que sofrem com alagamentos, contaminadas ou poluídas; entre outras definidas pela Defesa Civil. A Prefeitura de Maceió já tem mapeadas as áreas que serão priorizadas e tão logo se encerre o atendimento a essa população será informado sobre o atendimento a outros públicos”. Já a pauta do posto de saúde é responsabilidade do Estado. A Secretaria de Estado da Saúde também enviou nota: "A Secretaria De Estado Da Saúde (SESAU) esclarece que a obra de construção do posto de saúde no conjunto Aprígio Vilela foi iniciada e não concluída durante o governo passado. Devido ao grande intervalo de tempo desde o início da obra, o setor de engenharia da Sesau teve que reavaliar as condições técnicas e decidiu por alterar o projeto arquitetônico para uma policlínica. Para isso, está sendo realizado o distrato da obra (anulação do contrato firmado anteriormente), para que em maio seja feita uma nova licitação e, em seguida, os serviços sejam retomados".