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Milhares de animais agonizam e morrem soterrados em Brumadinho

Por Mídia Ninja 27/01/2019 17h36
Milhares de animais agonizam e morrem soterrados em Brumadinho
Reprodução - Foto: Assessoria
Além da dificuldade e mistério envolvendo o número de pessoas mortas no crime da Vale do Rio Doce em Brumadinho-MG (apesar das informações oficiais liberadas pelo Corpo de Bombeiros), há também uma incógnita relacionada ao número de vítimas sencientes não-humanas – os animais – nesse crime assinado pelo mesmo grupo que matou milhares de animais no crime de Mariana-MG em 2015. Ativistas, ONGs de proteção animal, bem como veterinários voluntários ainda não foram autorizados a atuarem diretamente em meio à lama e caos de Brumadinho, apesar de saber-se que há muitos animais agonizando no barro, lutando pela vida. Ativistas antiespecistas e animalistas se solidarizam com as vítimas humanas do crime de Brumadinho e defendem que os animais também sejam resgatados pelos órgãos competentes e, inclusive, pela Vale do Rio Doce. São seres sencientes e têm o direito à vida, apesar de, muitos deles, como bois e porcos, terem sido mantidos na região apenas para a exploração animal na pecuária (produção da carne e de leite) e voltem para este destino após os resgates. A Vale do Rio Doce chegou a comentar, em nota, que a empresa faria o resgate de funcionários e de pessoas da comunidade, e em nenhum momento o grupo que assina esse crime irreparável na Região Metropolitana de Belo Horizonte-MG falou sobre o resgate das vidas animais. pesar disso, apenas um grupo de poucos veterinários voluntários, coordenado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais, estaria autorizado a fazer resgates e buscas, e mesmo assim esse início das ações ainda não havia sido autorizado pelo Corpo de Bombeiros (até este texto ser escrito). Esses quantidade ínfima de profissionais veterinários não é o suficiente para atender às buscas e resgates de animais na região, levando em consideração a quantidade de vidas que viviam ali. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a região mantinha, somente na exploração pecuária, mais de 18 mil bois e 10 mil porcos. A estimativa de moradores locais é que a maior parte desses animais tenha morrido e outra parte esteja agonizando na lama. Mas o IBGE não tem, por exemplo, os dados de quantos animais no geral (além dos animais considerados “economia”) viviam na região. Não morreram só milhares de bois e porcos: morreram incontáveis cães, gatos, aves terrestres, pássaros, peixes e animais silvestres que viviam nas matas dali. Enquanto a Vale do Rio Doce e os órgãos responsáveis pela Segurança Pública não autorizam ou realizam os resgates de animais, estes lutam em cada respiração no meio das toneladas de rejeito da criminosa e impune Vale do Rio Doce. Ativistas vêm pressionando a empresa para que esta resgate os animais que estão ilhados e vivos no meio da lama, com uso, inclusive, de helicópteros. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) emitiu um documento, no final da noite desse sábado (26), recomendando que a Vale do Rio Doce apresente, nas próximas horas, um plano de localização, resgate e cuidados a todos os animais atingidos pela queda da barragem, com o uso de maquinários, transportes (terrestres e aéreos), atendimentos veterinários, equipes profissionais de resgate, quantificação de animais atingidos, dentre outras ações. A empresa, no final da noite desse sábado, ainda seria informada do documento do Ministério Público. No site da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), www.anda.jor.br, você encontra a lista de todas as doações de alimentação e medicamentos que podem ser feitas aos animais dessa tragédia-crime, bem como a lista dos postos de coleta. Confira vídeo sobre desesperos dos animais