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Comunidade se mobiliza com Sinteal contra fechamento de escola no Vergel

Por Assessoria 14/01/2019 14h56
Comunidade se mobiliza com Sinteal contra fechamento de escola no Vergel
Reprodução - Foto: Assessoria
Mães, pais, profissionais da educação, estudantes e dirigentes do Sinteal se reuniram, na manhã desta segunda-feira (14), para organizar uma mobilização contra o fechamento da Escola Nossa Senhora Aparecida, no Vergel. Na semana passada, a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) informou à direção da escola que vai encerrar as atividades da unidade. Ficou marcado um protesto em frente à secretaria para a próxima quarta-feira, às 8h30. A prefeitura alega que o aluguel está muito caro e que não tem possibilidade de negociar. No entanto, o proprietário esteve na escola e em conversa com a direção garantiu que quer negociar, mas a prefeitura não tem interesse. Consuelo Correia, presidenta do Sinteal, criticou o descaso da gestão para com a comunidade. “Alagoas tem o maior índice de analfabetismo do país. É uma incoerência Maceió estar fechando escola”, disse ela. A sindicalista lembrou, ainda, que a prefeitura alardeou os índices positivos recentemente. “Quando Maceió apresenta o melhor índice do IDEB é porque os profissionais estão fazendo um bom trabalho”, ressaltou. Segundo informações da direção, a escola tem hoje 160 alunos e alunas. Entre esses, crianças especiais (autistas). O trabalho realizado lá é reconhecido pelas mães, que acompanham de perto e relatam o ótimo relacionamento de toda a comunidade. “Escola como essa não tem. Vitória estuda aqui há 7 anos, o ensino é bom e tem segurança”, disse dona Josefa da Silva, mãe da aluna Vitória, do 4º ano. Também foi apresentada pela Semed uma situação até recentemente desconhecida pelas pessoas que estão na escola: não existe o ato de fundação da escola, o que significaria que a escola não existe. Isso foi questionado por Consuelo. “Se recebe recurso, é porque a escola existe”. A escola recebe recursos federal e municipal, e tem código de acesso no sistema ligado ao MEC. Pensando em soluções para o problema, uma das principais propostas levantadas pela comunidade é a da escola continuar funcionando no prédio atual, enquanto a Semed recupera o prédio próprio que possui bem próximo da casa em que está atualmente. O local teria plenas condições de dar continuidade à existência da unidade escolar. Eliane de Melo é merendeira. Ela está na rede municipal de Maceió há 15 anos, desde quando foi nomeada, e está lotada (pela própria Semed) nesta escola. Durante a reunião, vários depoimentos de mães ressaltaram seu. Segundo elas, a merenda é parte fundamental no desenvolvimento e na permanência dos alunos na escola. “Eu já estou apegada aos alunos, ao lugar. Moro aqui perto, venho a pé. Como vai ser agora? Vou ter que sair daqui pra um lugar distante?”, falou emocionada. Ao final da reunião, o grupo concluiu que é preciso chamar a atenção da população e da prefeitura sobre os problemas que o fechamento dessa escola causariam. A primeira ação nesse sentido será um protesto pacífico. Ficou marcado junto com o Sinteal para a próxima quarta-feira (16), em frente à Semed, um ato público com a participação de toda a comunidade escolar.