Cidades

Sindjornal cobra direitos de trabalhadores à OAM

Nova audiência no MPT será realizada na tarde desta quarta-feira (5)

Por Carlos Amaral com Tribuna Hoje 05/12/2018 13h16
Sindjornal cobra direitos de trabalhadores à OAM
Reprodução - Foto: Assessoria
O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) segue em cobrança dos direitos trabalhistas dos jornalistas demitidos do jornal Gazeta de Alagoas e do portal Gazetaweb à direção das Organizações Arnon de Mello (OAM), cuja propriedade é do senador Fernando Collor (PTC). Na manhã desta quarta-feira (5), a entidade pendurou uma faixa no elevado do Cepa, na Avenida Fernandes Lima, para denunciar a situação. À tarde, uma nova audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) será realizada. A primeira ocorreu no dia 26 de novembro. Segundo Izaías Barbosa, presidente do Sindjornal, a empresa diz pretender pagar a dívida a partir de janeiro de 2019, de forma parcelada. Para ele, a demissão dos 27 jornalistas – sendo 26 do jornal e um do portal – foi um ato de covardia. “Estamos denunciando a forma covarde como os trabalhadores foram demitidos. Eles souberam por outra mídia e já quando o fato estava concretizado. Depois quando a própria Gazeta publicou uma nota que deixaria de ser diário”, diz Izaías Barbosa. “Até agora não foi pago nada. As rescisões ocorreram sem adiantar nem um centavo. A história deles é que, depois de homologada as rescisões, vão conversar com cada um para definir em quantas parcelas pagariam o valor devido. Eles até assumem a dívida, mas dizem não ter dinheiro para pagar, somente parcelado. Teria de ter alguma coisa para os trabalhadores receberem agora, de imediato, mas falam em começar a pagar só em janeiro”, completa o presidente do Sindjornal. Já Valdice Gomes, 2ª vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), diz ser “revoltante” a situação dos trabalhadores da OAM. “É revoltante ver a forma como a empresa está tratando os trabalhadores, numa conjuntura de desemprego e simplesmente parar de circular diariamente e não fazer nenhum esforço para aproveitar um quadro de profissionais tão qualificados. E o pior, demitir em massa sem a previsão, condições, de pagar os direitos trabalhistas”, afirma Valdice Gomes. Ela ressalta que já fazia tempo que os trabalhadores da OAM estavam sem receber seus direitos. “Os trabalhadores, há muitos anos, já vem se sacrificando por conta dos problemas de gestão da empresa. FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço] que não vem sendo honrado há muito anos, tanto que isso já foi para a Justiça. Horas extras que eles não recebem há vários anos; feriados também. E mesmo com todo esse sacrifício dos trabalhadores, a empresa simplesmente, toma uma decisão drástica e desrespeitosa com os trabalhadores”, relata a 2ª vice-presidente da Fenaj. O Tribuna Hoje contatou Luiz Amorim, superintendente da OAM, para comentar o assunto, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta.