Cidades

Audiências em casa de acolhimento no Jacintinho encaminham situação de crianças

Concentrar sessões nos próprios abrigos contribui para celeridade do processo e bem-estar dos menores

Por Assessoria 10/10/2018 16h57
Audiências em casa de acolhimento no Jacintinho encaminham situação de crianças
Reprodução - Foto: Assessoria
A 28ª Vara Cível da Capital realizou seis audiências no Centro Socioeducativo Deus Proverá, para avaliar a situação familiar das crianças abrigadas no local, nesta quarta-feira (10). A juíza Fátima Pirauá, titular da unidade, conduziu as sessões, com a participação do Ministério Público, Defensoria Pública, funcionários e gestores do abrigo. Um dos casos analisados foi o de uma menina de 11 anos que terá a guarda concedida para sua irmã de 18 anos. “A maior, que também estava abrigada até completar 18 anos, será inserida no programa Jovem Aprendiz e está se preparando para receber a irmã menor, com a supervisão do irmão mais velho”, exemplificou Fátima Pirauá. “A gente tem que fazer todo o possível para que essas crianças tenham a sua vida, na família natural ou substituta, ou a autonomia para sobreviver após os 18 anos. Embora no abrigo sejam bem tratadas e estudem, não é algo definitivo. É direito da criança ter uma família”. Nas situações em que não é possível reinserir a criança na família biológica, dá-se sequência ao processo de destituição familiar e encaminha-se o menor para adoção. Durante o mês de outubro, a 28ª Vara realiza uma série de audiências concentradas nos lares de acolhimento de crianças e adolescentes. Este é o segundo abrigo visitado; no total, estão previstas 50 audiências em oito casas. Concentrar as audiências nos abrigos traz vantagens para a celeridade do processo e o bem-estar das crianças. “É mais tranquilo tanto para elas quanto para mim e os técnicos da instituição, que não temos que nos deslocar para a Vara com essas crianças, sem ter um transporte próprio. Aqui elas estão dentro do conforto delas”, explica Cícera Maria das Candeias, presidente do Centro Deus Proverá. Criada em 1999, a instituição é sustentada principalmente por doações particulares. No momento, abriga seis meninas. Para saber como ajudar, pode-se entrar em contato pelos telefones (82) 3320-3079 ou (82) 98877-7735. A unidade fica na rua São Benedito, sem número, no bairro Jacintinho. Participaram das audiências a promotora Maria Marluce Caldas Bezerra e a defensora pública Taiana Melo.