Cidades

Feira Artesanal reúne mais de 300 artesãos na Praça Multieventos

Com o objetivo de fortalecer o cenário da produção entre os profissionais da região Nordeste, evento segue até domingo

Por Tribuna Independente com Lucas França 13/09/2018 10h59
Feira Artesanal reúne mais de 300 artesãos na Praça Multieventos
Reprodução - Foto: Assessoria
A  16ª Feira Artesanal Mestre de Alagoas, começou no último dia (6) e segue até o domingo (16), com mais de 300 artesãos de Alagoas e de outros estados do Nordeste brasileiro expondo sua arte.  São cercas de 120 estandes, 12 mestres alagoanos, espalhados na Praça Multieventos, orla de Pajuçara. A feira tem o objetivo de fortalecer o cenário da produção entre artesãos da região. “O evento vem resgatar justamente o trabalho do artesão alagoano, que mostra em seus trabalhos a realidade e cultura de um povo sofrido, porém muito alegre ao ter a arte manual como seu meio de vida e sua história contada no mundo todo”, explica Armando Garcia, organizador da feira. O local escolhido, segundo a organização, é justamente por ser o de grande movimentação de maceioenses e turistas que acabam se encantando com o artesanato exposto. Os visitantes, além de conhecer e comprar o artesanato feito no estado e em outras regiões, ainda tem acesso a espaços de alimentação com comidas típicas do Nordeste brasileiro. “Uma feira que por sua tradição, conseguiu em suas últimas edições trazer um público comprador e ávido por novidades, conseguindo atingir tanto clientes locais como os turistas, que gostam de diferenciais e atrativos especiais. O artesanato de Alagoas é um dos mais ricos e variados do Nordeste e é produzido em todos os quadrantes do Estado”, ressalta Garcia. No espaço os visitantes irão encontrar artesanatos produzidos em palha, cerâmica, madeira, couro, casca de coco, fibra da bananeira e bordados em geral confeccionados por pessoas simples da comunidade que tem no artesanato uma fonte de renda. “A riqueza do artesanato é fruto natural da criatividade e diversidade cultural dessa terra, onde encontramos expressões indígenas, africanas e europeias nas diversas comunidades”, comenta Garcia. Além da diversidade artesanal, o público ainda conta com shows folclóricos todos os dias do evento, das 16h às 22h. Evento também proporciona divulgação para profissionais O mestre Pedro Cassiano ou Pedrocas como é conhecido, não está comercializando seus produtos. Ele faz peças com madeira e palhas de coco entre outras matérias primas. Segundo ele, está apenas expondo, mas garante que existe um retorno significativo em feiras como essas. “A divulgação é muito boa. A apreciação dos visitantes tanto de Alagoas como de fora é gratificante. Eles observam nosso trabalho e querem aprender também. Esse tipo de feira deveria ser contínua. Já estou aguardando para a próxima que deve ser em janeiro”, comenta. Pedrocas conta que desde criança já tinha o dom de produzir artesanato, mas como profissão mesmo está há 55 anos. “Trabalho há mais de 55 anos como artesão/escultor/artista e esse tipo de vento propaga a cultura. E para muitos também é importante por conta do retorno financeiro”, ressalta o mestre Pedrocas. Apesar de achar que a movimentação está pouca, a artesã Delma Ferreira, moradora da Ponta Verde, esclarece que a importância dessas feiras é divulgar a arte, a cultura e acima de tudo a valorização dos artesanatos feitos à mão. “Há muitos anos sou artesã. Para gente, esse evento é importante para divulgar nosso trabalho. São muitos artesãos. E muitos de nós vivemos do artesanato. Existem poucos espaços para a comercialização. Seria muito bom que tivéssemos mais apoio dos governantes”, salienta Delma. Em relação à expectativa para os próximos dias, Delma acredita que vá crescer. “A movimentação não está tão boa. Participei em janeiro de uma feira, e a movimentação foi bem melhor. Mas, acredito que é por conta da baixa temporada. Muita gente vem apenas para conhecer, olhar. Os turistas acabam consumindo mais”, ressalta. A pedagoga do Rio Grande do Sul, Mirian Marques, que atualmente mora em Maceió, disse que a feira é importante para que as pessoas conheçam o artesanato local e a variedades de produtos feitos a mão. “Sempre costumo visitar essas feiras ou eventos que valorizam a cultura. O artesanato feito à mão para mim é especial e sempre acabando levando alguma peça”, afirma a pedagoga. Mirian ressalta ainda que os valores comercializados são justos, pois, existe toda uma riqueza no trabalho. “Devemos valorizar o artista, o artesão”, explica