Cidades

Doze juízes de Alagoas estão sob proteção por sofrerem ameaças

Para cada mil magistrados que trabalham no Estado, 47 já estiveram sob ameaça, indica Conselho Nacional de Justiça

Por Tribuna Independente com Evellyn Pimentel 13/09/2018 10h33
Doze juízes de Alagoas estão sob proteção por sofrerem ameaças
Reprodução - Foto: Assessoria
Um levantamento divulgado ontem (12) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que durante o ano de 2017, doze juízes de Alagoas estavam sob proteção devido a ameaças. Outro dado que chama a atenção é que para cada mil magistrados que atuam no Estado, 47 foram ameaçados. Segundo o relatório, o número de ameaças em Alagoas representa sete vezes mais que a média nacional, que é de seis a cada mil juízes. Em todo o país, 110 magistrados precisaram de proteção, na maioria dos casos, os juízes ameaçados são da primeira instância de tribunais estaduais. A pesquisa trouxe ainda o indicador de estrutura de segurança, que leva em consideração, a partir dos questionários realizados em 90 tribunais do país, a existência de itens como detector de metais; esteira de Raio X; câmeras de segurança; controle de acesso; controle de permanência; controle de circulação; vigilância ostensiva; cercas ou muros ao redor do prédio e a existência de espaço para acautelamento de armas de visitantes no tribunais brasileiros. Dentre os 27 tribunais estaduais, o TJ/AL teve o pior desempenho do país, o indicador ficou em 14%. Nenhum tribunal estadual obteve o desempenho máximo, o TJ do Distrito Federal alcançou 94% de satisfação no indicador. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) foi procurado pela reportagem da Tribuna Independente para comentar o resultados do relatório. No entanto, a presidência do tribunal informou que não se pronunciará. “A Presidência do TJ/AL informou que não vai se posicionar porque questões envolvendo segurança de magistrados correm em segredo de justiça”, afirmou o TJ por meio do departamento de comunicação. O presidente da Associação de Magistrados de Alagoas (Almagis), juiz Ney Alcântara, reforçou que os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que divulgou estudo nesta quarta-feira (12), apontando o alto número de juízes que foram ameaçados no exercício da função, são monitorados pela Associação, que integra o Comitê de Segurança do Tribunal de Justiça de Alagoas. O presidente afirma ainda que todos os pedidos daqueles magistrados que encontram-se em situação de risco são registrados e a partir de então adotadas as providências necessárias junto ao TJ e conselho de segurança para garantir a atuação independente do magistrado. “A violência tem sido um grande desafio para todos e de forma alguma servirá de intimidação ao poder Judiciário”, reforçou. Segundo o CNJ, 64% dos casos de ameaça ocorreram em cidades do interior do país. Além disso, magistrados do sexo masculino (61%) representam a maior parte. “Em relação à caracterização da ameaça, verificou-se que a ameaça decorre da atividade profissional do magistrado em 97% dos casos. *Com assessoria