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Lei Seca registra 3,5 mil infrações no trânsito em Alagoas

Números são do primeiro semestre e apontam também 126 flagrantes por testes de alcoolemia feitos pela operação

Por Lucas França com Tribuna Independente 24/08/2018 09h41
Lei Seca registra 3,5 mil infrações no trânsito em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
No último dia 19, um idoso foi conduzido à Central de Flagrantes supostamente embriagado, após ser acusado de provocar um acidente nas imediações do bairro Cidade Universitária. Segundo o relatório do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), Aloísio Antônio dos Santos, de 61 anos, foi detido e levado à delegacia. Ao realizar o teste do bafômetro foi constatado o teor alcoólico de 0,58 mg/l. Casos como esse não é difícil de acontecer em Alagoas, mas de acordo com o coordenador estadual da Operação Lei Seca, Tenente Emanuel Costa, do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran),  com o endurecimento da lei, o número de infratores estão caindo. Segundo o balanço geral dos seis primeiros meses de 2018 (janeiro à julho), a Operação Lei Seca na capital e no interior já mostra que foram realizados 313 Ações Lei Seca (fiscalização e ação educativa) no Estado. As ações registraram 3.499 infrações por diversas irregulares de trânsito. A operação realizou 18.313 testes de alcoolemia e abordou 13.978 veículos. 408 condutores se recusaram ao teste de alcoolemia (etilômetro); 138 - ADM (teste de alcoolemia entre 0,05 a 0,33 mg/L) registrados; 126  flagrantes por teste também foram contabilizados pela equipe. Além disso, 672 situações de alcoolemia foram flagradas durante a operação;  51 veículos removidos aos pátios Departamento estadual de Trânsito (Detran)  e Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretrans); 670 Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhidas ao órgão de trânsito; e  730  condutores estavam inabilitados. Apesar dos números parecerem alarmantes, Costa garante que os condutores alagoanos estão mais cientes do perigo e evitando beber e dirigir.  “Os condutores tem um perfil diferente de mudança de comportamento. As pessoas quando saem para alguma festa ou evento e têm a intenção de beber, estão optando por transporte público e até caronas. Nós estamos percebendo isso durante nossas ações. Se fizermos um comparativo de 2012 até o momento houve uma redução no número de acidentes e mortes causadas por motoristas alcoolizados”, explica. Costa ressalta que Alagoas tem um dos modelos ideal da Operação Lei Seca. “Somos um estado pequeno, mas conseguimos colocar o nosso modelo para o Brasil e trazemos exemplos de fora também. Fazemos parte do Fórum Permanente das Operações Lei Seca que foi abraçado pela Associação Nacional dos Detrans, onde represento a vice-presidência do fórum”. Para o coordenador da operação, o número de ações se deve justamente a efetividade da operação, trabalho conjunto entre os órgãos e as mudanças no Código Brasileiro de Trânsito (CTB). “Com a integração entre os órgãos e mais divulgação, o número vem diminuindo. Existe todo um trabalho educativo. O foco da campanha é salvar vidas. Estamos percebendo que isto está acontecendo, tanto nos números apresentados quanto na prática. E com as mudanças mais rigorosas os condutores estão mais conscientes”, destaca. 416 ações foram realizadas no ano anterior O balanço geral de 2017 mostra que a operação resultou em 416 ações da Lei Seca no Estado. Elas registraram 7.406 infrações de trânsito por diversas irregularidades; a realização de 30.573 testes de alcoolemia; 27.780 veículos abordados; 1.105 condutores se recusaram ao teste de alcoolemia; e 310 foram pegos em ADM (teste de Alcoolemia entre 0.05 a 0.33 mg/L). Ainda de acordo com o balanço em 2017, foram constatados 191 flagrantes por teste; 1.606 situações de alcoolemia; 490 veículos removidos aos pátios Detran e Ciretrans; 1.354 CNH’s recolhidas; e 1.638 condutores  inabilitados a dirigir. Fator que preocupa as autoridades segundo Costa. PENALIDADES Segundo a legislação de trânsito em vigor, quem é flagrado dirigindo sob a influência de álcool ou de qualquer substância psicoativa, terá a CNH suspensa por 12 meses, pagará multa de R$ 2.934,70, terá retenção do veículo até a apresentação de um condutor habilitado e o recolhimento do documento de habilitação. E, caso seja flagrado novamente, no período de até 12 meses, a multa será aplicada em dobro, passando a ser R$ 5.869,40. A legislação também prevê punição severa para quem cometer crimes ao dirigir, principalmente sob efeito de álcool ou outra substância entorpecente.