Cidades

Samu treina 50 socorristas para resgate de vítimas de afogamentos

Curso contou com parte teórica e prática, com socorristas divididos em duas turmas

Por Assessoria 27/06/2018 20h20
Samu treina 50 socorristas para resgate de vítimas de afogamentos
Reprodução - Foto: Assessoria
Seja criança ou adulto, o afogamento pode acontecer com qualquer pessoa, seja em piscinas, rios, mares ou lagoas. Nessas situações, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) podem ser acionados para fazer o socorro da vítima. Para aprimorar esse tipo de atendimento, 50 profissionais do Samu participam de um curso que mostrou técnicas para atendimento a vítimas de afogamentos. Os socorristas foram divididos em duas turmas para o curso, que contou com parte teórica e prática, onde foi utilizada a piscina da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal). Médicos, enfermeiros, condutores socorristas e técnicos de enfermagem foram orientados sobre os tipos de afogamento, salvamento e o atendimento pré-hospitalar de pacientes afogados. De acordo com o cabo Heubert Guimarães, do Grupamento de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros, não é necessário saber nadar para fazer um salvamento aquático e existem outros meios para poder tirar o banhista da água. “Em situações de pessoas que se afogam, o mais indicado é acionar imediatamente o 192 ou 193. Caso a pessoa não saiba nadar, pode arremessar objetos de flutuação ou até uma corda para a vítima que está se afogando”, disse o bombeiro. Durante o curso também foram passadas algumas informações de prevenção contra o afogamento, a segunda causa de mortes em crianças com idade entre 1 e 9 anos. “Os pais devem estar sempre atentos às crianças, deixando seus filhos a um braço de distância e nunca confiar em boias de braço ou boias circulares. O único equipamento seguro é o colete salva vidas. Os banhistas também devem ficar atentos à sinalização dos locais mais aconselháveis para entrar na água e não exagerar na bebida alcoólica”, alertou o cabo. Michele Galindo, enfermeira do Samu há três anos, destacou a importância de atualizações como essas. Em 2018, até o mês de maio, o Samu Maceió atendeu 14 vítimas de afogamento. “Intensificar o treinamento para estas ocorrências de afogamento é primordial para nós socorristas, que trabalhamos em um Estado com a presença de muitos banhistas”, frisou. Graus de Afogamento São seis estágios que a vítima pode apresentar quando se afoga. No grau um, a pessoa apresenta tosse; no grau dois, irá espumar um pouco pela boca ou pelo nariz. Nos níveis três e quatro, a quantidade de espuma vai ser maior, mas a diferença entre esses dois níveis será na presença ou não do pulso radial. “Nesses primeiros quatro graus, a vítima vai estar consciente e com dificuldade de respirar, em razão da quantidade de água aspirada para os pulmões. O procedimento utilizado pelas equipes de saúde deve ser administração de oxigênio, mantendo a vítima aquecida. Nos outros dois níveis, a pessoa estará inconsciente; no grau cinco, com parada respiratória e, no grau seis, apresentando uma parada cardiorrespiratória”, explicou o cabo Heubert Guimarães, ao acrescentar que, “nesses dois últimos graus de afogamento, com a vítima desacordada, deve ser feita os procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar”.