Cidades

Vigilantes cruzam os braços e forçam fechamento de agências bancárias

Restante da categoria pode entrar em greve a partir de segunda-feira

Por Carlos Amaral com Tribuna Hoje 08/06/2018 13h04
Vigilantes cruzam os braços e forçam fechamento de agências bancárias
Reprodução - Foto: Assessoria
Em paralisação de advertência, os vigilantes de agências bancárias cruzaram os braços nesta sexta-feira (8). Mesmo por tempo indeterminado, a manifestações só ocorre entre os trabalhadores que atuam junto aos bancos e financeiras, mas pode se estender aos demais caso as negociações salarias com as empresas não gere nenhuma proposta que satisfaça a categoria. Na manhã desta sexta-feira, os vigilantes realizaram um ato em frente à agência do Banco do Brasil da Rua do Livramento, no Centro de Maceió. Segundo José Cícero da Silva, diretor financeiro do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança Vigilância de Valores e Similares no Estado de Alagoas (Sindvigilantes), a depender do saldo da reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) com os representantes das empresas de vigilância, na próxima segunda-feira (11), até mesmo os vigilantes do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares podem entrar em greve, assim como os das indústrias e outros setores. “O que decidimos hoje [sexta-feira], apesar de ser paralisação de advertência, é por tempo indeterminado. Só os que trabalham nos bancos é que pararam, mas se na segunda os patrões não apresentarem nenhuma proposta que nos satisfaça, toda a categoria vai parar. Já estamos mobilizados e parte parada, daí é só estender o movimento”, diz o diretor do Sindivigilantes. Ainda de acordo com ele, nas negociações deste ano, o sindicato patronal tentou impor a derrubada de valores pagos no adicional noturno e outras conquistas da categoria. “Eles querem implantar de cabo a rabo a reforma trabalhista e disseram que só aceitam negociar se aceitarmos isso. Querem impor o trabalho intermitente e deixar de pagar o ticket alimentação para quem trabalha menos de cinco horas por dia. Não vamos aceitar isso”, completa José Cícero da Silva. Os vigilantes cobram 7% de reajuste salarial, plano de saúde e melhorias nas condições de trabalho. Cerca de 20 empresas de vigilância atuam em Alagoas.