Cidades

Setenta postos foram notificados por abuso de preço em Alagoas

Diferença nas bombas seria motivada por uma cobrança adicional das distribuidoras por gasolina sem adição de etanol

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 29/05/2018 08h26
Setenta postos foram notificados por abuso de preço em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
A diferença no valor dos combustíveis após a escassez do fim de semana tem assustado condutores. Segundo o Procon-AL, o preço médio em Maceió chegou a R$ 4,66 no litro da gasolina. Desde o início dos protestos até agora, mais de 100 denúncias envolvendo valores abusivos chegaram ao Instituto. A causa seria uma cobrança adicional das distribuidoras aos revendedores. Segundo um dono de posto de combustível em Maceió, que preferiu não se identificar, a explicação para os altos preços são os novos carregamentos de combustíveis estariam chegando com a gasolina pura, isto é, sem adição de etanol anidro, o que estaria motivando uma diferença no tributo cobrado pelas distribuidoras aos revendedores. “O posto recebeu o combustível com um valor diferente da semana passada, porque segundo a distribuidora, o combustível que está saindo do Porto é sem o etanol anidro. Como há a deficiência de etanol justamente por conta da paralisação, a gasolina está saindo pura, sem a mistura, enquanto estiver nessa situação”, informou à reportagem da Tribuna Independente. Para coibir preços abusivos repassados ao consumidor, o Procon iniciou uma espécie de força-tarefa chamada de “Combustível a Preço Justo” envolvendo outros órgãos. Desde o início dos protestos de caminhoneiros, cerca de 70 postos foram notificados pelo Procon-AL, sendo 37 na capital e 33 na região metropolitana. Os proprietários de postos têm dez dias a contar da notificação para explicar os motivos pelos quais tem cobrados os valores ao consumidor. Mesmo assim, a procura continuou intensa na capital durante toda esta segunda-feira (28). De acordo com o Sindicombustíveis-AL, os postos continuam sendo abastecidos, no entanto, não há levantamentos oficiais quantos, dos 520 espalhados pelo Estado, que continuam desabastecidos. “Até o momento a saída do Porto continua, o abastecimento está ocorrendo aos postos que recebem o combustível do Porto. Claro que existem outros postos que possuem relações comerciais diferentes. São de distribuidoras de Pernambuco, ou os caminhões estão no caminho. O que a gente pode passar é que está sendo feito, não temos a situação de cada um deles”, informou o sindicato. (Com assessorias)