Cidades
Protesto de caminhoneiros chega ao terceiro dia contra alta do diesel
Em Alagoas, congestionamento chega a 15 quilômetros nas BR-101 e BR-316
O protesto dos caminhoneiros autônomos contra o aumento do preço do combustível entra no terceiro dia seguido em Alagoas. Nesta quinta-feira (24), eles voltaram a bloquear as rodovias BR-101 e BR-316. Os trechos mais afetados estão localizados nos municípios de Maribondo, Palmeira dos Índios e Messias.
O caminhoneiro João da Silva, de 53 anos, de São Paulo, diz que o principal objetivo da paralisação é chamar a atenção do preço do diesel, que no valor que está atualmente, não há condições de rodar. "O frete não dar nem para cobrir o valor do diesel para chegar no destino. Como vamos trabalhar? É pneu para pagar, prestação de caminhão, não tem caminhoneiro nenhum que aguento aumento toda hora. A paralisação segue até que o governo baixe o diesel. E o povo tem que se conscientizar também e parar seus carros, porque a gasolina vai no mesmo caminho. Tudo aumenta se o combustível aumenta também", desabafou.
[caption id="attachment_102942" align="aligncenter" width="1024"] Congestionamento chega a 15 quilômetros na BR-101 e na BR-316.[/caption]Ele seguia de Camaçari para Recife seguindo para Campina Grande e Fortaleza. "Se é para o meu bem, tem que parar mesmo", emendou seu João Silva.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Alagoas, Valdir Paulo Kummer, participa do protesto em Messias, região metropolitana de Maceió, e avisou que o governo já sabia dessa paralisação, cujo documento foi protocolado no dia 15 de maio sendo informado da situação que iria ocorrer, porém não tomou nenhuma providência. "O governo vai ter que baixar o preço do diesel, e tem que ser uma redução significativa, baixar centavos não resolve o problema, ninguém vai arredar o pé enquanto não houver uma queda", frisou.
https://youtu.be/hXdK16qBOHUValdir Paulo Kummer diz que do jeito que está não há lucro algum, tendo em vista, que em média se gasta até 70% com combustível, tendo ainda o trabalho do caminhoneiro, manutenção do caminhão, entre outros.
"Essa greve não é só dos caminhoneiros é de todos, aumentando o combustível aumenta o preço dos alimentos. Enquanto não houve redução do preço nas bombas ficaremos parados", salientou.
Os caminhoneiros do transporte de carga continuam parados nas rodovias federais e estaduais em ao menos 24 estados.
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