Cidades

Trotes para Samu caem mais de 18% no primeiro quadrimestre de 2018

Foram 28.685 ligações a menos do que as recebidas nos primeiros quatro meses de 2017

Por Assessoria 12/05/2018 16h17
Trotes para Samu caem mais de 18% no primeiro quadrimestre de 2018
Reprodução - Foto: Assessoria
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas registrou, no primeiro quadrimestre deste ano, uma queda de 18,76% no número de trotes recebidos, quando comparado com o mesmo período de 2017. Em números absolutos, o percentual representa uma redução de 28.685 chamadas indevidas para o número 192, uma vez que, no ano passado, foram 152.825 trotes, contra 124.140 no período de janeiro a abril de 2018. A redução obtida é reflexo do sucesso de projetos de conscientização promovidos pelo órgão, a exemplo do “Samu nas Escolas” e o “Conheça o Samu”, desenvolvidos ao longo dos anos. Nesta sexta-feira (11), por exemplo, o Projeto Samu nas Escolas esteve na unidade escolar Rosalvo Lobo, no bairro Jatiúca, em Maceió. De acordo com o major Dárbio Alvim, supervisor do Samu Maceió, no mês de abril foram registrados, durante sete dias, índices de trotes menores do que 50% do total de ligações recebidas. Ainda de acordo com ele, essa porcentagem diária chegou a ser maior do que 60%. “No dia 22 do mês passado, registramos 42,09% das nossas ligações como sendo trotes. Foram 974 ligações recebidas no número 192 e, dessas, 410 foram trotes. É algo que devemos comemorar, e nos incentiva a cada vez mais dar andamento nos nossos projetos educativos para a população, como o Samu nas Escolas e o Conheça o Samu. O índice geral de trotes em 2018 está em 59,07%, nos quatro primeiros meses de 2017 foi de 66,74%. Isso mostra que, por meio das ações de conscientização, temos conseguido, aos poucos, mudar essa realidade”, destacou o supervisor. Mas a quantidade desse tipo de ligação ainda é uma preocupação para o Samu Alagoas. Somente no mês passado, a Central Maceió recebeu 17.028 trotes, o que representou 53,57% das chamadas totais. Já no Samu Arapiraca não foi diferente. Das 16.749 ligações recebidas em abril, 9.866 foram trotes, representando 58,90% das ligações para o 192. Ações de Conscientização - Um projeto que já vem sendo desenvolvido desde 2014 é o Samu nas Escolas, executado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ele leva informações até crianças e adolescentes de colégios públicos e privados, evidenciando os prejuízos que os trotes causam para o serviço. As ações acontecem todas as sextas-feiras, com a participação de 66 acadêmicos de enfermagem, medicina, e serviço social de instituições de ensino superior de Maceió. Em todas as edições, eles passam noções de primeiros socorros em situações que envolvam vítimas de engasgos, choque elétrico, desmaios, fraturas e queimaduras. Para Goretti Bastos, assistente social do Samu Maceió, durante as ações, a linguagem utilizada é de fácil compreensão pelos jovens. Com isso, eles terão facilidade de multiplicar as informações para os colegas e familiares. “A redução dos trotes é fruto de um trabalho continuado de conscientização, realizado ao longo dos anos, onde temos conseguido atingir tanto os alunos, como interagirmos com a comunidade escolar. Também incentivamos que as crianças reproduzam o que aprenderam, conversando em casa ou com os colegas que não tiveram a oportunidade de participar da ação, para que saibam a importância do Samu”, afirmou a assistente social. Este ano o Samu nas Escolas já passou por 12 instituições, levando informação para aproximadamente 900 estudantes. O Conheça o Samu teve início em 2017, envolvendo diretamente pessoas de todas as idades, onde os próprios socorristas mostram a rotina de trabalho com o atendimento pré-hospitalar. Eles também apresentam as noções de primeiros socorros, sempre alertando sobre os trotes e sobre quando o número 192 deve ser acionado. O projeto teve sete edições, passando por Maceió, Arapiraca, Murici e União dos Palmares, e levando informações sobre o Samu para 2.567 alagoanos. Nos dois projetos, os participantes têm a oportunidade de conhecer o interior das ambulâncias do Samu, que pode ser uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou uma Unidade de Suporte Avançado (USA).