Cidades

Drama pessoal reacende maternidade

Técnica de enfermagem relata experiência de ser mãe, avó e pai ao mesmo tempo, após perder filho e nora em acidente

Por Davi Salsa com Sucursal Arapiraca 12/05/2018 12h16
Drama pessoal reacende maternidade
Reprodução - Foto: Assessoria
Maria Aparecida Alves da Silva tem 57 anos de idade e assumiu a guarda da neta Maria Cibele, hoje com nove anos de idade, depois da morte trágica do filho Wellington e da nora Edilane em um trágico acidente ocorrido há seis anos. O casal estava em uma moto e foi atropelado por um veículo, no momento em que trafegavam por uma estrada vicinal, na área rural de Igaci, para buscar a filha na casa da avó materna. Wellington e Edilane sofreram graves ferimentos e morreram no local do acidente. A pequena Maria Cibele, na época com três anos de idade, ficou órfã dos pais e a Justiça autorizou a guarda da menina pela avó paterna. Técnica em enfermagem, Maria Aparecida trabalha no Hospital de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca, mas mora com o esposo José Feitosa, Maria Cibele e mais três netos: Henrique Breno, de 16 anos, Victor Wendel, de 10 anos, e Maria Melissa, de 8 anos, em uma residência localizada no Povoado Lagoa do Félix, na área rural do município de Igaci, a 150km de Maceió. O drama pessoal reacendeu a maternidade da técnica de enfermagem. Maria Aparecida teve quatro filhos do casamento com o comerciante José Feitosa. Dos quatro filhos, Wellington foi o que faleceu, aos 25 anos, no acidente com a esposa, deixando órfã a pequena Maria Cibele. Com a morte do filho e da nora, a avó Maria Aparecida também assumiu o papel de mãe e pai da menina, que sonha em ser médica para ajudar as pessoas. “É uma responsabilidade muito grande e maior do que cuidar dos filhos. É amar duas vezes. Sei que não vou ocupar o lugar dos pais, mas faço tudo para que ela não sinta a falta deles”, relata. A técnica de enfermagem diz que a neta Maria Cibele gosta muito de brincar em parques de diversão, na cidade de Igaci, e visitar o shopping center, na cidade de Arapiraca. Emocionada, Maria Aparecida conta que foi a neta que pediu para chamar a avó de mãe. A técnica de enfermagem diz que a menina tem um carinho muito grande por ela.