Cidades

Índice de reincidência criminal alcança 0% no Núcleo Ressocializador da Capital

Há seis anos, Alagoas conta com uma unidade prisional diferenciada

Por Ascom Seris 12/05/2018 10h27
Índice de reincidência criminal  alcança 0% no Núcleo Ressocializador da Capital
Reprodução - Foto: Assessoria
Há seis anos, Alagoas conta com uma unidade prisional diferenciada. O Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) é referência nacional por ser o único presídio do país a ter a metodologia de gestão baseada nos Módulos de Respeito, tendo como norteadores do processo de reintegração social dos reeducandos o diálogo, a transparência e a honradez. Os números comprovam a eficácia da política adotada pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris): em 2017, o índice de reincidência criminal dos custodiados que passaram pela unidade foi de 0%. Para realizar o levantamento, os gestores do Núcleo Ressocializador analisaram a situação dos 42 reeducandos que receberam alvará de soltura durante o ano.

Como referência, foram utilizados o banco de dados do Tribunal de Justiça e de outros órgãos do judiciário. Após a análise, foi verificado que não houve qualquer tipo de reincidência criminal entre esses custodiados. De acordo com a subchefe do Núcleo Ressocializador, agente penitenciária Poliana Bugarin, a diminuição do índice foi gradual e representa a consolidação de um trabalho contínuo.

"Utilizamos a disciplina, educação, diálogo, trabalho e o fortalecimento dos vínculos familiares como ferramentas para promover a reintegração social. Quando eles retornam para o meio social sem muitas expectativas de vida, a chance de cometer novos crimes é bem maior. Em 2014, o índice de reincidência foi inferior à 5% e, em 2015, menor que 4%. Zerar esse índice em 2017 comprova que estamos no caminho certo", disse.

Uma medida que contribui com a conquista é o acompanhamento semanal realizado por uma coach. Durante os encontros, a profissional os auxilia para que, através do treinamento da mente, os reeducandos tenham a oportunidade de potencializar suas habilidades, traçando novas metas de vida para o pós-cárcere, despertando também a autoconfiança e esperança em dias melhores.

"Acredito que a grande diferença do trabalho desenvolvido no Núcleo é o resgate da autoestima dos custodiados, fazendo com que eles repensem as vidas e os valores. A forma como eles são tratados, participando até da gestão da unidade, atuando como fiscais dos outros internos por meios das comissões, vai resgatando a autoconfiança e fazendo com que eles acreditem que podem ter uma vida melhor", concluiu Bugarin.