Cidades

Servidores municipais podem entrar em greve no dia 21 de maio

Categoria reivindica reposição salarial de 15,41% relativa a 2015, 2016 e 2017

Por Texto: Rívison Batista 10/05/2018 18h25
Servidores municipais podem entrar em greve no dia 21 de maio
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma assembleia do Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindspref) foi realizada na tarde desta quinta-feira (10) na sede do Sindicato dos Bancários de Alagoas, no Centro de Maceió, para deliberar sobre uma possível paralisação dos servidores municipais. De acordo com o presidente do Sindspref, Sidney Lopes, uma nova assembleia foi agendada para o dia 21 de maio e, se até lá, não houver um acordo com a Prefeitura de Maceió, os servidores do Município podem deflagrar uma greve geral. Segundo o presidente do Sindspref, a categoria reivindica a reposição salarial de 15,41% relativa ainda aos anos de 2015, 2016 e 2017. “No dia 21, a assembleia contará com a participação de todos os sindicatos do município de Maceió. Se, daqui pra lá, o prefeito Rui Palmeira [PSDB] não enviar nenhuma proposta, vamos parar. O prefeito está mentindo. Ele fica dizendo que a negociação está aberta, mas ele nunca chamou nenhum sindicato para conversar. Isso é fato”, afirmou o presidente à reportagem da Tribuna. O sindicalista disse que, no dia 21 de maio, a assembleia vai contar com a presença de sindicatos como o Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Alagoas (Sindguarda), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal), o Sindicato dos Servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Sindsaude), o Sindicato dos Psicólogos do Estado de Alagoas (Sindpsi), entre outros. “Até agora, a Prefeitura não entrou com proposta nenhuma. A Prefeitura, atualmente, faz muitos contratos, e o prefeito só quer saber de cortar o salário do servidor. Ele não está fazendo o dever de casa. Tem que enxugar a folha da Prefeitura, mas não no servidor. Já não está dando aumento, como é que ainda quer enxugar? Tem que enxugar nos altos contratos que são firmados pela Prefeitura de Maceió”, declarou o presidente. O sindicalista ainda afirmou que, pelos balanços da Prefeitura de Maceió, se sabe que há condições de efetivar o aumento dos servidores municipais. "A Prefeitura gasta quase metade do orçamento com contratos de terceirizados, que são reajustados automaticamente de acordo com a inflação. Depois, os servidores municipais é que tem que correr atrás dos direitos", afirmou. Ainda segundo Sidney, a Prefeitura entra em contradição ao afirmar que o Município está em crise. "O prefeito Rui Palmeira investe em contratos pesados e mensalmente são gastos cerca de oito milhões de reais com empresas terceirizadas. Ele não quer dar aumento para servidores e quer dar aumento para empresários, pois todos os contratos do Município foram reajustados", afirmou.